O que leva uma pessoa a ter autismo?

Perguntado por: acruz . Última atualização: 21 de agosto de 2023
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Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. A interação entre esses fatores parecem estar relacionadas ao TEA, porém é importante ressaltar que “risco aumentado” não é o mesmo que causa fatores de risco ambientais.

Isso significa que o autismo da criança não se desenvolve todas às vezes por causa de genes passados pelo pai ou pela mãe. Ainda sobre esse assunto, em 2019 o período JAMA Psychiatry trouxe as seguintes confirmações: De 97% a 99% dos casos de autismo são causados pela genética; Destes, 81% eram hereditários e.

Por mais que o autismo não se desenvolva apenas na fase adulta, o diagnóstico pode ser feito mais tardiamente, podendo apresentar diferenças em relação ao que acontece com as crianças. “O diagnóstico requer presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.

Se o primogênito for menina e o segundo filho for menino, as chances são de 16,7%; Quando os dois forem meninos, as chances são de 12,9%; Caso o primogênito for menino e o segundo filho for menina, as chances são de 4,2%; Se as duas crianças forem meninas, as chances são de 7,6%.

Os fatores antes da concepção (prenatais), no parto (perinatais), e após o nacimento (neonatais), são fatores ambientais em estudo. A exposição da mãe a toxinas como o tabaco poluição, exposição a vírus e o uso de alguns medicamentos aumenta o risco de Autismo.

A literatura científica também já deu indícios de que o ambiente a que a mãe foi exposta durante a gestação (contato com poluição e metais pesados, uso de drogas, ganho de peso e presença de doenças como diabetes) pode elevar as chances de o bebê ter autismo.

Entretanto, um novo trabalho, feito pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, indica que há uma ligação não no DNA em si, mas em "marcas" químicas no DNA - fenômeno chamado epigenoma - do esperma do pai e traços autistas em seus filhos de 3 anos.

Transtornos do espectro Autista
Pesquisas mostram que os cuidadores de crianças com TEA são capazes de relatar alteração no desenvolvimento já no primeiro ano de vida, principalmente após 6 meses, em relação ao desenvolvimento de linguagem (pré-verbal e verbal), habilidades comunicativas e motricidade fina.

Outros sinais de autismo infantil são:

  • Pouco contato visual;
  • Dificuldade na comunicação e de se expressar (sentimentos, ideias, gostos, etc);
  • Não responder o próprio nome quando for chamado;
  • Comportamentos repetitivos;
  • Maior sensibilidade ao ambiente, principalmente com sons, cheiros, luzes, etc;

Os primeiros sinais de autismo podem surgir por volta dos 18 meses do bebê, e o diagnóstico pode ser fechado antes da criança completar dois anos de idade. Mesmo quando bebês, crianças no espectro apresentam características como foco excessivo em determinados objetos e raro contato visual.

O componente genético para o especto autista sempre está presente, no entanto, a prevenção para novos nascidos é possível apenas quando este fator genético é o único responsável pelo disturbio e pode ser detectado por um teste de diagnóstico.