Quem tem síndrome de Down pode morar sozinho?

Perguntado por: egomes . Última atualização: 21 de agosto de 2023
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A pessoa com a trissomia 21 pode morar sozinha, deve namorar e deve ter o máximo de independência possível”, explica a médica pediatra, geneticista e especialista no assunto Patrícia Salmona.

Até o início do século 20, a expectativa de vida de uma pessoa com síndrome de Down era de cerca de 10 anos. Hoje, os indivíduos com a condição, causada por uma alteração genética no cromossomo 21, vivem, em média, 60 anos, segundo estudos e organizações nacionais e internacionais.

Pessoas com síndrome de Down são mais suscetíveis a certos problemas de saúde, como malformações cardíacas e do trato gastrointestinal, problemas de visão e audição, além de chances maiores de desenvolverem diabetes e alterações da tireoide.

Leis garantem direitos a pessoas com Down. A Lei Brasileira da Inclusão (lei 13.146/15), que institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência, garante à pessoa com síndrome de Down o direito à educação, saúde, trabalho, cultura e esporte.

Atualmente, nos países de Primeiro Mundo, pessoas com Síndrome de Down (SD) vivem em média 55 anos.

As pessoas com síndrome de Down estudam, trabalham e convivem com todos. Esses indivíduos têm opinião e podem se expressar sobre assuntos que lhes dizem respeito. Em caso de entrevistas, procure falar com as próprias pessoas com deficiência, não apenas com familiares, acompanhantes ou especialistas.

Além disso, não existem níveis de Síndrome de Down. A única classificação existente é em relação à deficiência intelectual, que pode ser leve, moderada ou grave.

Na Síndrome de Down são observados um decréscimo do peso do cérebro, e uma simplificação em seu padrão giriforme. Os portadores de Síndrome de Down apresentam risco maior de sofrer doenças cardíacas congênitas, refluxo gastroesofágico, otites recorrentes, apneia de sono obstrutiva e disfunções da glândula tireóide.

É bastante frequente que os sons finais de palavras (como terminações verbais e plurais) sejam pronunciadas mais suavemente. Portanto, é muito comum para crianças com síndrome de Down omitirem a pronúncia desses sons finais, e isso tem a ver com a perda de audição.

Não existem graus de síndrome de Down.
E isso acontece porque o ritmo de aprendizado pode ser um pouco diferente, assim como a dificuldade no desenvolvimento da fala tende a ser maior, devido à falta de tônus muscular.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) determinou ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que restabeleça o Benefício Assistencial a pessoa com deficiência a uma menor com Síndrome de Down, moradora de Triunfo (RS). A decisão foi proferida pela 6ª Turma no último mês (31/1).

335). Por fim, diante dos elementos supracitados, as pessoas com Síndrome de Down são plenamente capazes, em regra. Observasse que a pessoa humana vem antes da deficiência ou enfermidade que ela possua e, agora, o Código Civil entendi isso.

O Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) veda a restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e qualquer discriminação em razão de sua condição. A entrada no mercado de trabalho de pessoas com síndrome de Down é essencial para a inclusão plena na sociedade.