É possível ter síndrome de Down e autismo?

Perguntado por: aramos . Última atualização: 21 de agosto de 2023
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Cerca de 18 a 39% dos indivíduos com Síndrome de Down (SD) apresentam como condição associada o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Relação com autismo

  • dificuldade de interação social;
  • comportamentos motores repetitivos;
  • brincar de maneira incomum com brinquedos ou outros objetos;
  • comprometimento da linguagem;
  • regressão do desenvolvimento;
  • resposta sensorial incomum;
  • dificuldade com mudanças na rotina.

Muita gente se confunde e acha que a Síndrome de Down ou o Autismo são doenças, mas, na verdade, ambas são condições genéticas. O Espectro do Autismo (TEA), por exemplo, é um transtorno do neurodesenvolvimento cuja causa pode estar relacionada principalmente a fatores genéticos.

Em 2010, foi revelado pela primeira vez o peso do fator genético no TEA, com a comprovação de que o distúrbio é altamente herdável, ou seja, passa com facilidade de pai para filho.

Revisado em: Entenda as principais características da síndrome de Asperger e como ela se diferencia do autismo clássico. A síndrome de Asperger é uma condição que faz parte do transtorno do espectro autista (TEA), sendo considerada um tipo de autismo brando.

Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. A interação entre esses fatores parecem estar relacionadas ao TEA, porém é importante ressaltar que “risco aumentado” não é o mesmo que causa fatores de risco ambientais.

Apoiado pela Autism Speaks, essa pesquisa mostrou que o risco de uma mesma família ter um segundo filho autista é de 20%, sendo: 26% se for menino; 11% se for menina; 32% para bebês com mais de um irmão mais velho no espectro.

O autismo nível 1, também conhecido com síndrome de Asperger, apresenta as mesmas características do autismo clássico, mas de uma forma um pouco mais leve. Os pacientes possuem dificuldade de comunicação, mas que não interfere nas relações sociais de forma tão explícita.

A primeira triagem ampla de todo o genoma para regiões cromossômicas envolvidas no autismo clássico associou aproximadamente 354 marcadores genéticos, localizados em oito regiões dos seguintes cromossomos: 2, 4, 7, 10, 13, 16, 19 e 22.

Como é feito o diagnóstico de autismo? Não existe um exame que possa determinar que a pessoa está no espectro do autismo. Ao contrário disso, o diagnóstico é clínico e feito de maneira observacional, com apoio de uma equipe multidisciplinar e de profissionais da neuropediatria ou psiquiatria infantil.

Entretanto, um novo trabalho, feito pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, indica que há uma ligação não no DNA em si, mas em "marcas" químicas no DNA - fenômeno chamado epigenoma - do esperma do pai e traços autistas em seus filhos de 3 anos.