Que tipo de país é considerado o Brasil no quesito de religiosidade?

Perguntado por: sribeiro . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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O Brasil é o segundo país com a maior proporção de pessoas que se consideram religiosas, segundo uma pesquisa da fundação alemã Bertelsmann. Segundo a pesquisa, mais de 96 por cento da população brasileira se considera religiosa, a mesma proporção registrada na Guatemala.

Se nosso país é majoritariamente cristão, é porque a colonização europeia das Américas foi um empreendimento de dominação que mirou também a esfera da crença.

50% dos brasileiros são católicos, 31%, evangélicos e 10% não têm religião, diz Datafolha | Política | G1.

A religião permite conhecer o local onde as pessoas vivem seus valores em uma cultura. Ela é influenciada pela cultura, mas ela também influencia a cultura daqueles que vivem em seu entorno. A religião permite um conhecimento maior dos valores que envolvem uma dada sociedade, principalmente seus valores éticos.

"1. À luz do inciso VIII do art. 5º da Constituição Federal, ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa.

Não há quem possa negar que o Brasil é um país que possui uma rica diversidade religiosa. Em função da miscigenação cultural, fruto dos vários fluxos migratórios ocorridos na História, encontramos em nosso país diversas religiões de diferentes matrizes (cristã, islâmica, afrobrasileira, judaica, etc.).

católica apostólica romana

Art. 15 - A religião da nação brasileira é a católica apostólica romana, única mantida pelo estado.

A diversidade religiosa caracteriza-se pela existência de grupos religiosos diferenciados, coexistindo num mesmo espaço social, onde a tolerância ( matriz principal do respeito à liberdade humana) permite que numa sociedade aberta, a convivência dessas diferenças oportunize um diálogo mais concreto.

O catolicismo foi trazido por missionários que acompanharam os exploradores e colonizadores portugueses. Na época, o estado controlava a atividade eclesiástica. Sustentava a igreja, nomeava bispos e párocos e concedia licenças. "A própria chegada dos portugueses é uma chegada acompanhada de um evento religioso.

O Brasil é ainda hoje a maior nação católica do mundo com cerca de 126 milhões de adeptos, cerca de 74% da população brasileira, segundo o último Censo do IBGE. O segundo grupo isolado mais importante é o sem religião com 7,4% da população.

A religião deixa de ser o conhecimento fundante da visão de mundo, dos comportamentos e da ética. A sociedade moderna conta agora com outros elementos de controle que independem da religião. Cremos aqui que muita confusão foi armada pelos próprios estudiosos do tema.

No Brasil, a escravidão colocou em contato as religiões de diferentes povos africanos, que acabaram por assimilar e trocar entre si elementos semelhantes de suas culturas. Assim se sobrepuseram e se fundiram ritos de origem distinta num amálgama comum de que surgiram as religiões afro-brasileiras.

Nesse contexto, a proteção à liberdade religiosa é tida como essencial para que todas as pessoas possam exercer livremente as suas crenças. Essa proteção é garantida pela legislação nacional, que prevê a liberdade de cultos religiosos como um direito fundamental no país.