Qual é o pior tipo de endometriose?

Perguntado por: raparicio . Última atualização: 17 de julho de 2023
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É a forma mais severa de endometriose e, por consequência, a que promove maior grau de infertilidade feminina. Nestes tipos de endometriose, o tecido endometrial invadiu os órgãos dentro ou fora de sua cavidade pélvica. Isso pode incluir seus ovários, reto, bexiga e intestinos.

A classificação do ponto de vista morfológico apresenta três tipos de endometriose: a superficial peritoneal, a ovariana, também chamada de endometrioma, e a infiltrativa profunda.

Endometriose Profunda
Ocorre quando o foco invade o tecido por mais de 5mm, provocando lesões mais profundas. Pode comprometer o apêndice, útero, intestino, reto, vagina, bexiga e ureteres. Em ambos os casos existe tratamento. Pacientes mais novas apostam em medicação para suspender o fluxo menstrual.

A endometriose em estágio IV tem todas as características dos estágios I-III; no entanto, as aderências são tão graves e densas que podem conectar estruturas umas às outras, como os ovários às trompas de Falópio, junto com outras estruturas que não devem ser unidas.

Normalmente caracterizado pela presença de focos isolados de endometriose e ausência de aderências; -Estágio II (Leve): Pontuação de 6 a 15. Normalmente caracterizado pela presença de focos superficiais e menores do que 5 cm e ausência de aderências; -Estágio III (Moderada): Pontuação de 16 a 40.

Endometriose é classificada em uma das quatro fases (I – mínima, II – leve, III – moderada e IV – grave) com base na exata localização, extensão e profundidade dos implantes de endometriose, bem como na presença e gravidade de tecido cicatricial e com a presença e o tamanho dos implantes endometrióticos nos ovários.

Quando a doença surge nos ovários pode provocar o aparecimento de um cisto denominado endometrioma, de tamanho grande e que compromete a capacidade de a mulher engravidar. Outros órgãos também podem ser acometidos, como, parte do intestino grosso, bexiga, apêndice e vagina.

As causas da endometriose ainda não são totalmente esclarecidas e acredita-se que a origem é multifatorial. A menstruação retrógrada, em que há sangue menstrual e tecido endometrial, que são expelidos através das trompas em direção aos ovários e na cavidade abdominal, pode ser uma das causas.

Logo, é possível inferir que uma endometriose não tratada é um fator de risco para o desenvolvimento de câncer do ovário, já que a doença provoca uma inflamação recorrente do tecido endometrial e, como já vimos, também provoca distúrbio na reposta imune.

Acompanhamento médico é essencial
Porém, a presença de endometriose intestinal só obriga a paciente a passar pela cirurgia, independente de outros fatores, quando a doença invade o intestino delgado e/ou apêndice.

Através de exames como laparoscopia e ultrassonografia transvaginal, facilmente é possível detectar a doença, que infelizmente não tem cura definitiva, mas seu tratamento é fundamental restabelecer a qualidade de vida e a vida sexual da mulher, e para não haver um comprometimento maior da sua saúde.

Ela se apresenta com sintomas severos, cólicas menstruais intensas, cólicas fora do período menstrual, sangramentos anais, infertilidade, e vários outros. Infelizmente é uma patologia que não tem cura, mas como toda doença, o seu tratamento é fundamental para o restabelecimento da qualidade de vida da mulher.

A doença também pode causar dificuldade em evacuar ou diarreia persistente, sangramento pelo ânus durante a menstruação, náuseas e vômitos e presença de sangue nas fezes. É um problema que atinge mais de 7 milhões de mulheres brasileiras.

Estudos epidemiológicos afirmam que há uma relação entre a endometriose e o desenvolvimento de câncer, principalmente no que tange ao câncer de ovário. Diz-se que uma possível transformação maligna das células acometidas pela endometriose pode levar ao surgimento de um câncer.

A endometriose aparece no exame físico como pequenas nodulações, geralmente atrás do colo uterino. Um ginecologista experiente consegue perceber em cerca de 70% das vezes, quando uma mulher tem endometriose.

Laudo da Endometriose
Em todo laudo, quando a paciente apresenta Endometriose, é realizado um desenho esquemático da pelve, que facilita a interpretação do exame pelo médico e especialmente para a paciente, que desta forma, pode compreender melhor, onde os focos da Endometriose estão localizados em seu corpo.