Quando suspeitar de endometriose?

Perguntado por: mmagalhaes . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Os principais sintomas de endometriose incluem: cólicas menstruais de forte intensidade; dores durante as relações sexuais; dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação e dificuldade de engravidar.

O CA125 (exame de sangue), pode auxiliar no diagnóstico, entretanto não é um marcador específico. O ultrassom pélvico, o mapeamento de endometriose e a ressonância magnética, são os exames de imagem que podem identificar a presença de focos de endometriose.

Os sintomas da doença podem surgir na adolescência. É o diagnóstico mais comum de dor pélvica e cólica menstrual nesta faixa etária. Queixas de cólicas menstruais progressivas e/ou incapacitantes, dor profunda na relação sexual e dor pélvica fora do período menstrual são indicativas de endometriose.

Tanto a dor – que pode ocorrer na parte inferior do abdômen, nas costas, pélvis e vagina – quanto irregularidades na menstruação são os “termômetros” mais imediatos para desconfiar da doença e buscar um médico especialista que proponha o tratamento adequado.

A paciente fica com a barriga bastante inchada e com sensação de estar cheia. Muitas vezes esse inchaço é doloroso. É comum as mulheres relatarem que essa distensão aparece em um certo momento do ciclo menstrual, mas pode também não ter relação com tal período.

Mulheres com endometriose podem sentir os sintomas:

  1. Dor durante a menstruação;
  2. Sangramento menstrual intenso;
  3. Dor durante os movimentos intestinais, caso a endometriose esteja presente no intestino;
  4. Dor ao urinar, se a endometriose estiver afetando a bexiga.

Endometriose não costuma influenciar no fluxo da menstruação
“É muito improvável que uma alteração de fluxo menstrual tenha como causa a endometriose, pois nessa doença, o sangramento anormal ocorre dentro da cavidade pélvica e não na via vaginal”, afirma a ginecologista e obstetra Raphaella Bristot Silveira.

A maioria das mulheres que apresentam esse quadro, também tem endometriose em locais ao redor da pelve, como na bexiga e nos ovários. Algumas pessoas acometidas não apresentam quaisquer sintomas, porém outras relatam dor ao evacuar; cólicas abdominais; diarreia; constipação; inchaço e sangramento retal.

A endometriose pode ser confundida com outras condições que podem causar dor pélvica, como doença inflamatória pélvica (PID) ou miomas.

Endometriose ovariana
Neste caso, a doença acomete o ovário de forma superficial, podendo criar endometriomas maiores de 2 cm, que apresentam uma cor escurecida, de sangue antigo e espesso.

Vem acompanhada de dor intensa, no período menstrual e fora dele também, durante e após a relação sexual, dificuldade em urinar, ciclos menstruais desregulados, sangramento anal em período menstrual e infertilidade. Ocorre quando o foco invade o tecido por mais de 5mm, provocando lesões mais profundas.

A dificuldade para o diagnóstico
Existem mulheres que não sentem nada, mulheres com sintomas leves até mulheres com sintomas muito intensos. Estudos demonstram que a mulher pode demorar de 6 a 10 anos e passar 5 vezes ou mais por médicos até ter o diagnóstico de endometriose confirmado.

“Da instalação dos primeiros sintomas até o diagnóstico, leva-se em média sete anos. Quando a mulher tem infertilidade, cai para quatro anos, porque ela procura um especialista em reprodução humana, que acaba pedindo exames.”

Ultrassom transvaginal e endometriose
Atualmente considerado o melhor exame para o diagnóstico da endometriose. Idealmente na pesquisa de endometriose este exame é realizado com preparo intestinal, pela via transvaginal e também pela via abdominal no mesmo dia.

Embora algumas pacientes não apresentam sintomas, exceto em certos momentos de seus ciclos (menstruação e ovulação), outras são debilitados pela dor todos os dias do mês.