Porque nos apaixonamos Freud?

Perguntado por: rbrito . Última atualização: 24 de setembro de 2023
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De acordo com Freud, nós nos apaixonamos por pessoas que são imagens espelhadas de nosso eu ideal.

De acordo com a teoria psicanalítica de Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise, a paixão e o amor têm suas raízes no inconsciente, uma região profunda e obscura da mente humana, onde impulsos, desejos e memórias reprimidas residem.

O sujeito não vê verdadeiramente o objeto e ele, se também apaixonado, não vê o sujeito. A paixão oferece um espelho às pessoas. Elas passam a ver, no outro, o reflexo de seus desejos mais profundos.

Freud dizia que, quando uma pessoa está segura de ser amada, ela se torna incrivelmente forte. Isso acontece porque uma relação amorosa nos aproxima da ilusão de completude. Essa relação nos daria, inclusive, a sensação de sermos imunes à dura realidade da vida, da sociedade, do mundo.

Na obra freudiana, o amor é, a princípio, situado do lado da pulsão sexual, enraizando-se no narcisismo primário. Ou seja, amor e sexo compartilham, em sua constituição, o prazer parcial ligado, de início, à boca. Amar como sinônimo de devorar seria, então, a primeira configuração do amor.

É no cérebro, nossa central de emoções, que começa o “caminho do cortejo”. “A substância mais importante é a dopamina, que estimula o centro de recompensa do cérebro. A pessoa experimenta uma enxurrada de dopamina ao ter contato com a pessoa amada.

Estudos neurológicos sugerem que até 12 áreas do cérebro estão envolvidas nesse momento de se apaixonar, de forma que, ao olhar ou pensar em alguém por quem nos sentimos atraídos, uma série de neurotransmissores como adrenalina, dopamina, serotonina, oxitocina e vasopressina são liberados no cérebro.

A psicologia define a paixão como a manifestação do fenômeno da projeção, ou seja, quando a pessoa projeta suas idealizações no parceiro(a). Isso quer dizer que quando estamos apaixonados somos atraídos pela idealização que fazemos do próximo, e não necessariamente pela pessoa como verdadeiramente é.

Segundo um estudo da University College, de Londres, a paixão dura entre 18 e 30 meses. Ou seja, ficamos apaixonados de um ano e meio a três anos e meio, sendo que o auge da felicidade a dois costuma ser alcançada por volta dos três anos de relação.

Para Freud, o oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença. Tanto o ódio como o amor implicam o estabelecimento de um laço com o outro, de pessoas a quem depositamos algum tipo de sentimento.

Pudemos concluir que o amor na psicanálise é aquilo que enlaça o sujeito com o outro semelhante desde a sua constituição até o desenrolar de toda sua saga enquanto um vivo; que se em demasia idealizado escraviza e adoece, a passagem do amor ideal ao amor possível desamarra o sujeito do nó do sintoma e o devolve a ...

“Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada.” — Sigmund Freud, carta a Martha Bernays, 27 de junho de 1882, no livro… Instagram.

A frase “Se você ama, sofre. Se não ama, adoece” é uma das mais populares de Sigmund Freud. Ela está incluída na sua obra “Introdução ao narcisismo,” e atualmente a encontramos circulando nas redes sociais.

6 – Sobre o amor
Aquele que ama se faz humilde. Aqueles que amam de alguma maneira renunciam a uma parte do seu narcisismo.”

Na acepção freudiana, felicidade trata-se da realização do programa do princípio de prazer, ou seja, obter prazer e evitar desprazer. Freud mostra que este programa é irrealizável por limitações não só culturais, como também psíquicas.