O que diz o artigo 142 da constituição?

Perguntado por: enovais . Última atualização: 28 de junho de 2023
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O artigo 142 diz: "As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes ...

O art. 142, § 3º, X, da Constituição da República é expresso ao atribuir exclusivamente à lei a definição dos requisitos para o ingresso nas Forças Armadas.

Além disso, a decretação de intervenção federal é de competência privativa do presidente da República (artigo 84, X, da Constituição). Porém, no prazo de 24 horas, o Congresso Nacional deve autorizar a intervenção, apreciando se o decreto observa todos os requisitos e preceitos constitucionais.

A intervençãopode ocorrer nos casos e limites estabelecidos pela Constituição Federal: quando houver coação contra o Poder Judiciário, para garantir seu livre exercício; quando for desobedecida ordem ou decisão judiciária; quando houver representação do procurador-geral da República.

A justificativa para a intervenção foi o comprometimento da ordem pública no estado devido aos índices de criminalidade. Já a intervenção militar é uma reação das Forças Armadas no interior do próprio país ou contra um outro território, derrubando a autoridade instituída e tomando o controle.

Se uma intervenção federal acontecer, ela pode causar algumas alterações no modo de funcionamento do Estado. Na intervenção o Estado pode perder temporariamente a capacidade sobre algumas decisões, tomadas pelos militares responsáveis pela intervenção — chamados de interventores.

A intervenção federal é entendida como estado de exceção exatamente por suspender a autonomia do estado, distrito ou município, enquanto entes da federação, fazendo com que decisões importantes sejam tomadas por um interventor que responde diretamente ao presidente da república.

No decreto de intervenção federal no DF, por exemplo, estabeleceu-se o prazo de 31 de janeiro de 2023. Ademais, também nomeou-se um Interventor, que ficará subordinado ao Presidente da República e poderá requisitar recursos financeiros, tecnológicos, estruturais e humanos do DF para aplicar as medidas cabíveis.

A intervenção estadual é realizada pelo Estado. Então, em vez de ser decretada pelo Presidente da República, ela deverá ser decretada pelo Governador do Estado.

Na Constituição Federal existe previsão de 3 espécies de intervenção: a) Da União nos Estados; b) Dos Estados nos Municípios; e c) Da União em Município situado em Território [Atualmente, inexiste território federal no Brasil].

Compete ao Presidente da República decretar e executar a intervenção nas hipóteses do artigo 34 da CF , entre as quais está a manutenção da integridade nacional. Assim, quando algum Estado tentarseparar-se da federação, o Presidente decretará intervenção.

O golpe de Estado no Brasil em 1964 foi a deposição do presidente brasileiro João Goulart por um golpe militar de 31 de março a 1.º de abril de 1964, pondo fim à Quarta República (1946–1964) e iniciando a ditadura militar brasileira (1964–1985).

O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por ...

Segundo relatos publicados pelo Departamento de Documentação Histórica da Fundação Getúlio Vargas: "Os militares envolvidos no golpe de 1964 justificaram sua ação afirmando que o objetivo era restaurar a disciplina e a hierarquia nas Forças Armadas e deter a "ameaça comunista" que, segundo eles, pairava sobre o Brasil. ...

Uma intervenção militar só pode ocorrer de forma legal quando há concordância de sua necessidade pelos poderes constituídos. Intervenção militar é uma ação realizada por forças militares, seja no interior do próprio país, seja contra outro território.

Como resposta às declarações dos generais, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que, de zero a dez, é de “menos um” a chance de se ter uma intervenção militar no Brasil.