Quem já teve mononucleose pode ter esclerose múltipla?

Perguntado por: lbittencourt . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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No entanto, especialistas alertam que a infecção viral e a esclerose não possuem relação direta: a mononucleose aumenta o risco da EM em pacientes que já têm “predisposição” a desenvolver a doença autoimune, mas não é fator determinante.

Dentre os fatores ambientais associados à etiologia da esclerose múltipla, temos a infecção por alguns agentes virais e bacterianos, como o herpesvírus tipo 6, vírus Epstein-Barr, retrovírus endógeno humano.

Complicações por mononucleose são pouco comuns, mas podem ser graves, como anemia, diminuição do número de plaquetas no sangue e ainda manifestações neurológicas como convulsões. O diagnóstico é sugerido pelo quadro clínico e pode ser confirmado por exames laboratoriais.

Acredita-se que a esclerose múltipla é causada por uma combinação de fatores, incluindo predisposição genética (com alguns genes que regulam o sistema imunológico já identificados) e fatores ambientais, tais como infecções virais, deficiência de vitamina D, tabagismo e obesidade.

Os sintomas iniciais mais comuns são os seguintes:

  • Formigamento, dormência, dor, ardor e coceira nos braços, pernas, tronco ou face e, algumas vezes, uma menor sensibilidade ao toque.
  • Perda de força ou destreza em uma perna ou mão, que pode se tornar rígida.
  • Problemas com a visão.

Várias condições causam sintomas semelhantes aos da esclerose múltipla (EM), incluindo as de cunho infeccioso, neoplásicas, autoimunes ou por carências de vitaminas. Algumas, como o vírus da leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP) e os tumores cerebrais, podem ser identificados com uma ressonância magnética.

A maioria dos indivíduos que têm mononucleose se recupera dentro de 2 a 4 semanas. O EBV estabelece permanece inativo por toda a vida nas células do sistema imunológico do corpo.

Os principais fatores de risco para o linfoma de Hodgkin são: Infecção pelo vírus Epstein-Barr. O risco de desenvolver a doença de Hodgkin para pessoas que tiveram mononucleose infecciosa parece ser algumas vezes maior do que para pessoas que não tiveram a doença, embora o risco total ainda seja muito pequeno.

Entretanto, é impossível adquirir mononucleose mais de uma vez no decorrer da vida, já que, depois de contaminado, o corpo produz anticorpos específicos para se defender da doença, assim como acontece no caso da catapora. Mas cuidado: o organismo combate o vírus, que pode permanecer inativo no corpo por muito tempo.

Epstein-Barr (herpes-vírus humano tipo 4) é o vírus causador da mononucleose, doença transmitida pela saliva. É um vírus que está relacionado não apenas a essa doença, mas também a outros problemas de saúde, incluindo alguns tipos de cânceres, especialmente no sistema linfático, cabeça e pescoço.

Apesar de estar relacionada ao vírus Epstein-Barr, a Esclerose Múltipla não é um vírus e não é contagiosa, ou seja, não se “pega”. “É muito importante frisar e deixar claro que o fato de uma infecção viral estar relacionada ao desenvolvimento da EM, não quer dizer que você pega a EM de alguém”, salienta Raquel.

Qual exame de sangue detecta esclerose múltipla? Até o momento, não existe um exame de sangue específico para detectar a esclerose múltipla. Profissionais de medicina podem recomendá-los apenas para descartar a presença de outras doenças com sinais e sintomas parecidos.