Qual o tipo de herpes mais grave?

Perguntado por: aquarteira . Última atualização: 20 de julho de 2023
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A Herpes-Zóster pode levar a complicações e outras formas clínicas graves, inclusive, levar à morte.

Herpes zóster no rosto
Com a reativação do vírus varicela-zóster, as bolhas podem eclodir por diferentes partes do corpo, até mesmo no rosto. Nesse caso, pode atingir o nervo trigêmeo e causar possíveis complicações como a cegueira e a surdez no paciente infectado.

O herpes-vírus simples (herpes-vírus humanos tipos 1 e 2) geralmente provoca infecção recorrente que afeta a pele, a cavidade oral, os lábios, os olhos e os órgãos genitais. Infecções graves geralmente incluem encefalites, meningites, herpes neonatal e, em pacientes imunocomprometidos, infecção disseminada.

Veja: herpes tipo 1: é o mais comum, sendo caracterizada pelas lesões orais; herpes tipo 2: responsável pelas lesões nas regiões genitais e contraído por meio do ato sexual; herpes tipo 3: também conhecido como herpes Zóster, é uma infecção originada do mesmo vírus que causa varicela (catapora).

Herpes não têm cura. Uma vez que se instala no organismo, ele sempre pode voltar a atacar – daí porque seus sintomas podem ser recorrentes. No entanto, há tratamento para aliviar os sintomas.

O herpes-zóster pode gerar várias complicações que afetam a qualidade de vida e a saúde, como dor crônica, paralisação facial, e sequelas neurológicas e oftalmológicas —como perda da visão, auditiva, entre outras.

A complicação mais comum do herpes genital é o reaparecimento das vesículas, que em regra, ficam confinadas a um lado do corpo e são menos intensas do que no surto inicial. O paciente pode sentir mal-estar, comichão, formigueiro ou dor na zona afetada antes de cada acesso.

Estudo sugere que o herpes genital, quando associado à infecção pelo HPV – fator de risco conhecido para o câncer de colo uterino – pode aumentar o risco de desenvolvimento de tumores.

Herpes provoca feridas, dor e ardência na pele
“Há ardência e dor local. É nessa fase que ele é contagioso e pode ser confundido com candidíase, herpes zoster e pênfigo”, alerta a médica. Na primeira vez que surgem, os sintomas são mais intensos e o paciente pode apresentar até mesmo febre.

A sensação de queimação na pele pode aparecer ainda antes das lesões, e algumas pessoas também sentem uma dor parecida a pontadas.

– as bolhas rompem-se liberando líquido rico em vírus e formando uma ferida. É a fase de maior perigo de transmissão da doença; – a ferida começa a secar formando uma crosta que dará início à cicatrização; – a duração da doença é de cerca de 5 a 10 dias.

Um exame de sangue PCR para herpes pode distinguir entre infecções por HSV-1 e HSV-2, tornando este teste útil para determinar qual vírus está causando a infecção da pessoa. O teste de PCR é o principal método de teste de amostras de líquido cefalorraquidiano.

Um fato curioso sobre o herpes é que, segundo a dermatologista Gabriella Albuquerque, é possível ser portador do vírus, mesmo sem nunca ter manifestado qualquer sintoma da doença. Casos assim são mais frequentes do que a maioria das pessoas imagina.

A doença pode causar desconfortos, como feridas, e não tem cura. Felizmente, é possível tratar e conviver com a doença, mas é preciso cuidado para evitar o contágio já que, além de ser uma DST, o herpes também é transmitido pelo contato.

A lisina é um aminoácido que pode ser utilizado no combate ao herpes. Ela bloqueia a reprodução do vírus antes que os sintomas ressurjam. “A lisina se mostrou eficiente em reduzir a recorrência da doença”, afirma a profissional.