Qual é o perigo da Cobra Coral?

Perguntado por: aoliveira . Última atualização: 11 de julho de 2023
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As corais-verdadeiras apresentam veneno que se caracteriza por apresentar alta toxicidade. Esse veneno afeta o sistema nervoso e, segundo o Instituto Butantan, inicialmente a picada provoca dor local, visão turva e problemas de fala.

Para tratar a picada da cobra coral é preciso aplicar o soro antielapídico, e de uma cascavel o anticrotálico. Se o veneno for de jararacuçu, o soro certo é antibotrópico. Mas se for de uma surucucu deve-se usar o antilaquético.

Micrurus corallinus

Comum do Norte ao Sul de Santa Catarina, a Micrurus corallinus é uma espécie de cobra coral verdadeira cujo veneno é considerado o mais letal do Brasil, pela velocidade que se espalha pela corrente sanguínea e a gravidade dos danos causados ao sistema nervoso.

Se você encontrar uma cobra coral, ela tentará fugir e raramente irá picá-lo, porque não é uma cobra agressiva e só ataca quando se sente ameaçada. Porém, sua picada é muito dolorosa e seu veneno pode causar sérios danos ao sistema nervoso e ao coração.

A coral normalmente fica escondida em moradas subterrâneas (tocas) durante o dia e saem para caçar a noite. Se alimentam de outras cobras, alguns peixes, répteis, lagartos e pequenos anfíbios. Muitas cobras inofensivas têm anéis como os da cobra coral e isso induz os outros animais a acharem que elas são perigosas.

Há quem recomende plantar no quintal certos tipos de plantas capazes de espantar cobras. Entre as espécies vegetais citadas, estão arruda, manjericão, capim-limão, cactos e citronela.

Apanhe-a com uma rede: outra maneira de espantar uma cobra é apanhá-la em uma rede com extremo cuidado, para depois soltá-la em uma área afastada de nosso lar. Para isso, você pode utilizar um pau ou vara bem longa.

As chamadas cobras-corais-verdadeiras possuem coloração bastante característica, formada, geralmente, por anéis pretos, vermelhos e brancos. Chamamos essa coloração de aposemática ou coloração de aviso, uma vez que indica perigo e aparece geralmente em animais venenosos.

Na sua dieta, a cobra-coral costuma comer algumas serpentes de pequeno porte, lagartos, anfisbênias, peixes e invertebrados. Como vive no subterrâneo, bota seus ovos em buracos no chão ou em formigueiro, mas também podem ser encontrados dentro de troncos em decomposição.

cor vermelha

Amplamente distribuída no Brasil, a Erythrolamprus aesculapii é uma das 52 espécies de serpentes não peçonhentas que apresentam o padrão coralino ou então a cor vermelha em sua coloração e são chamadas de falsas-corais.

O veneno da cobra coral contém primariamente componentes de neurotoxinas, que causam bloqueio neuromuscular pré-sináptico, resultando potencialmente em paralisia respiratória. A falta de significativa atividade proteolítica enzimática é o motivo da pobreza de sinais e sintomas no local da picada.

Se uma pessoa é picada, os primeiros sintomas são dormência no local, visão turva e dificuldade na fala. Porém, aos poucos, a peçonha começa a afetar o restante do sistema nervoso, provocando paralisia de músculos importantes, como coração e diafragma.

Jararacuçu (Bothrops jararacussu)
Na língua tupi-guarani, "jarara" significa “o bote da cobra”, e "uçu” ou “ussu" grande, longo. Assim, jararacuçu lembra a longa distância que a cobra pode atingir ao dar o bote. A espécie é considerada muito perigosa, pois sua picada pode injetar uma grande quantidade de veneno.

A coral verdadeira apresentam em geral as colorações em tons vermelhos, amarelo, laranja e branco, em anéis ou manchas que podem variar entre castanho-escuro e negro. Essa espécie possui cabeça oval, coberta por grandes escamas, olhos pequenos e pretos, corpo cilíndrico com escamas lisas, além da cauda curta e roliça.

O Técnico Florestal e Ambiental, Cristian Negrão, orienta que para diferenciar a cobra Coral verdadeira da falsa, basta observar os anéis da cobra, sendo que a verdadeira tem os anéis completo e a falsa não, e ainda, na verdadeira, os anéis na cabeça tem as cores branco, vermelho e preto e na falsa só há os anéis preto ...