Qual é a figura de linguagem Quem vê cara não vê coração?

Perguntado por: vsilva . Última atualização: 17 de julho de 2023
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3) “Quem vê cara não vê coração”: PARTE PELO TODO (metonímia); O ESSENCIAL É INTERNO (metáfora). 4) “Onde há fumaça, há fogo”: SABER É VER (metáfora).

Quem vê cara não vê coração. Esta expressão, tão popular, é usada quando queremos dizer que algo ou alguém nem sempre é aquilo que aparenta. Esta frase pode até estar correta em certo sentido, porém a ciência tem mostrado cada vez mais que quem vê cara, vê muita coisa!

Figuras de linguagem são palavras ou expressões conotativas, portanto, apresentam um sentido que ultrapassa a linguagem comum, literal ou denotativa. Então, se, por exemplo, escrevemos que “Artur é um doce”, não queremos dizer que ele tem gosto de açúcar, mas que é uma pessoa delicada.

Metáfora: comparação implícita entre dois ou mais termos. Metonímia: substituição de um termo por outro equivalente. Catacrese: emprego inadequado de um termo devido à perda de seu sentido original. Perífrase ou antonomásia: substituição de um termo por outro que o caracterize.

As principais Figuras de Linguagem são Metáfora, Símile, Analogia, Metonímia, Perífrase, Sinestesia, Hipérbole, Elipse (ou Zeugma), Silepse, Hipérbato (ou Inversão), Polissíndeto, Antítese, Paradoxo, Gradação (ou Clímax) e Personificação (ou Prosopopeia).

Por ser um recurso estilístico que remete ao exagero, a hipérbole costuma ser utilizada para dar uma intensidade muito maior ou menor àquilo que se quer dizer, dando ênfase ao efeito do discurso. Veja no exemplo: Eu estou congelando de frio!

Metonímia é uma figura de linguagem ou de palavra que consiste na substituição de uma palavra ou expressão por outra, havendo entre elas algum tipo de ligação. Desse modo, é possível apontar a metonímia nas seguintes frases: O fazendeiro precisava de muitos braços para o trabalho daquela semana.

O eufemismo é utilizado para substituir uma palavra ou um termo tabu ou um conteúdo delicado e chocante, atenuando o seu sentido. Há graus no uso do eufemismo que variam de acordo com o quanto ele diminui a intensidade do significado pela substituição feita. Vejamos o exemplo da notícia de morte: “Ele morreu.”

A sinestesia é o recurso estilístico no qual se utilizam palavras e expressões associadas às diferentes sensações percebidas pelo corpo humano (visão, audição, olfato, paladar e tato) para gerar um efeito discursivo. Vejamos alguns exemplos bem comuns: cor berrante (visão + audição) perfume doce (olfato + paladar)

O meu cachorro é um verdadeiro tapete felpudo. Nesse outro enunciado, ocorre uma metáfora, pois não se compara explicitamente o pelo do cachorro à maciez do tapete. Afirma-se, em sentido figurado, que o cachorro é um tapete felpudo, o que não é possível.

A catacrese é uma figura de linguagem que representa um tipo de metáfora de uso comum que, com o passar do tempo, foi desgastada e se cristalizou. Isso porque ao utilizarmos tanto determinada palavra, não notamos mais o sentido figurado expresso nela. Por exemplo: O pé da cadeira está quebrado.

A antítese é um recurso de texto usado para expor ideias opostas. Assim, dando ênfase ao discurso empregue, ela é capaz de provocar um efeito de interpretação no leitor. Essa característica é uma marca das figuras de linguagem.