Porque comemos feijoada às quartas e sábados?

Perguntado por: ebaptista . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Uma dessas tradições é de comer o prato aos sábados (e às quartas-feiras, em São Paulo). Não se sabe ao certo como começou essa tradição. Alguns acreditam que sábado tenha sido o dia escolhido, pois é quanto temos mais tempo para cozinhar e fazer a digestão depois de comer.

Muitos restaurantes consideram a quarta-feira como o Dia da Feijoada! O motivo pouco conhecido se dá por uma herança portuguesa. Nossos colonizadores têm costume de comer certos pratos em determinados dias da semana. Além disso, degustam uma culinária parecida com feijão branco, orelha, focinho e chispe de porco.

Para os brasileiros, a feijoada combina com o fim de semana. Não se sabe ao certo a origem dessa tradição em torno do prato, mas acredita-se que sábado foi escolhido como o melhor dia para o consumo da feijoada porque é quando temos mais tempo para prepará-la e fazer a digestão depois de comê-la.

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O fato é que graças aos colonizadores, índios e escravos tanto a peixada quanto a feijoada são pratos da culinária nacional conhecidos mundialmente e que no Rio de Janeiro tornou-se símbolo das sextas-feiras pré-anunciando o churrasco (que diga-se de passagem, não tem origem gaúcha) do fim de semana.

Portugal

Hoje em dia, a prática da privação de carne durante a Sexta-Feira Santa segue vigente. O Código de Direito Canônico afirma que todas as sextas-feiras do ano devem ser reservadas para a abstinência de carne ou outro alimento, mas o jejum pode ser substituído pela realização de uma obra de caridade, por exemplo.

A feijoada é um dos pratos típicos mais conhecidos e populares da culinária brasileira. Composta basicamente por feijão preto, diversas partes do porco, linguiça, farinha e o acompanhamento de verduras e legumes, ela é comumente apontada como uma criação culinária dos africanos escravizados que vieram para o Brasil.

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O feijão é uma das oferendas que podem ser servidas a Ogum, por isso a feijoada é como um banquete, além de remeter à festa — explica Renatão do Quilombo, líder comunitário do Quilombo do Grotão, casa que vai oferecer, de hoje a domingo, feijoada com roda de samba em homenagem a São Jorge.

2 de março de 1827

No Brasil a primeira menção à iguaria data do início do século XIX em um anúncio publicado no n. 47 do Diario de Pernambuco, na cidade do Recife, em 2 de março de 1827, informando que na Locanda da Águia d'Ouro, na rua das Cruzes, às quintas-feiras seria servida "excelente feijoada à brasileira tudo por preço cômodo".

Por ser um prato muito contundente, o ideal é servir a feijoada no almoço. Uma ótima opção para receber os convidados é preparar uns petiscos, como torresmo, aipim frito e caldinho de feijão, mas sem exageros, porque o prato principal já é bem completo e reforçado.

Em São Paulo, capital gastronômica mundial, é tradição comer feijoada aos sábados e às quartas-feiras.

Peixe. O dia mais leve da semana, pelo menos no que diz respeito ao almoço do paulistano, é a sexta.

A nutricionista também aconselha a evitar alimentos calóricos e gordurosos antes de dormir, como lasanhas, feijoadas e frituras.

No Rio de Janeiro o feijão preto é o grande preferido, pois constitui o ingrediente basilar da feijoada, prato do séc. XIX, muito apreciado pelos cariocas. Mas o feijão preto não é consumido largamente no país, pois representa apenas 20% da produção brasileira.

A feijoada representa, de certo modo, a própria sociedade nacional. Nascida na cultura brasileira, símbolo da miscigenação, ela é representação de diversas raças unidas e carrega contribuições étnicas dos indígenas, negros e europeus.