Por que a Nasa parou de estudar o oceano?

Perguntado por: obrito . Última atualização: 11 de julho de 2023
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Sem dúvida, o tamanho dos oceanos é um dos principais motivos – se não o principal – para não conhecermos por completo esse ecossistema. Tenha em mente que o oceano cobre mais de 70% da superfície da Terra e contém 97% de toda a água do planeta, o equivalente a 360 milhões de quilômetros quadrados.

"É muito mais difícil trabalhar nas profundezas oceânicas porque as condições são um grande desafio para a tecnologia." Ela ressalta que, nas missões espaciais, as comunicações são extremamente limitadas.

de 1958 a 1978

porque a NASA parou de explorar o oceano? Durante duas décadas, de 1958 a 1978, a NASA dedicou se à exploração do fundo do mar, desvendando os segredos e mistérios das profundezas. No entanto, algo aconteceu em mil, novecentos e setenta e oito, levando a NASA a redirecionar seus esforços.

O quanto exatamente conhecemos dos oceanos? Prepare-se para ficar chocado: menos de 10%. Chega a ser bizarro comparar o quanto conhecemos do solo lunar e o quanto conhecemos dos nossos próprios oceanos.

O que nos impede de conhecê-lo
Os níveis de pressão nas profundezas são esmagadores, o ambiente é escuro e tem pouca visibilidade, as temperaturas frias são extremas e o relevo é mais acidentado que na terra.

A Nasa, agência espacial norte-americana, anunciou na 3ª feira (10. jan. 2023) a descoberta de um novo planeta habitável, o TOI 700 e. A novidade foi apresentada na 241ª reunião da American Astronomical Society, em Seattle.

No ano passado, a Nasa divulgou que o robô encontrou sinal de possível vida microbiana em Marte. O material foi achado na Cratera Jezero, onde o Perseverance pousou em 2021, e sugere que o ciclo geoquímico de formação do planeta é mais complexo do que se pensava.

Marcos Pontes

Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro
Essa experiência o levou a ser selecionado pela NASA, em 1998, para participar de um treinamento voltado para missões espaciais, financiado pelo Acordo Intergovernamental da Estação Espacial Internacional. O curso aconteceu no Centro Espacial Lyndon B.

Talvez o mais intrigante desses relevos seja a Fossa das Marianas – um abismo no oeste do Oceano Pacífico que se estende por mais de 2.540 quilômetros e abriga a Depressão Challenger, o ponto mais profundo conhecido na superfície da Terra, que mergulha mais de 11 mil metros debaixo d'água.

A Fossa das Marianas, localizada no Oceano Pacífico Ocidental, é o lugar mais fundo do oceano.

Já o recorde de profundidade em mergulho foi obtido em 2019. Na Fossa das Marianas, o submersível tripulado Limiting Factor, comandado pelo explorador ricaço Victor Vescovo, chegou a 10.928 metros.

Composição do fundo do oceano
Assim como na plataforma continental, os materiais que recobrem essa região são predominantemente areia, rochas e lama — composta por sedimentos minerais e restos de organismos marinhos.

Oceanos do Mundo
Isso faz com que seja o oceano menos explorado do mundo e que ainda abriga muitos mistérios sobre a fauna e a flora que lá vivem. Seu nome foi cunhado pelo explorador português Fernão de Magalhães no século XVI que o considerou mais calmo que o Atlântico e por isso, “pacífico”.

Pressão debaixo d´água
Um grande obstáculo para a exploração dos oceanos é a sua pressão. A pressão da água aumenta 1atm a cada 10 metros debaixo d'água. A média de profundidade dos oceanos é de 4 quilômetros, sendo o lugar mais profundo (Fossa das Marianas) em torno de 11 quilômetros.

A 4 mil quilômetros de profundidade, a pressão é superior a 400 vezes a pressão na superfície, por exemplo. A pressão do oceano é implacável e, para um ser humano chegar a uma profundidade dessas, é necessário um traje de mergulho tão complexo quanto o traje de astronautas — ou talvez até mais.