O que é violência indireta?

Perguntado por: lnovais . Última atualização: 9 de agosto de 2023
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Esse é um tipo de violência indireta em que não há apenas um ator identificável que cause essa forma de violência. Não há um único responsável concreto que possa ser responsabilizado pelas consequências, mesmo que o resultado final gere mortes ou sofrimento físico e psicológico.

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Brasil. A adolescência é considerada uma etapa do ciclo vital na qual há maior vulnerabilidade para exposição à violência tanto direta (ser a própria vítima), quanto indireta (ser testemunha ou ouvir falar).

Na violência direta o agente discernível tem a intenção de praticar um ato violento. É diferente portanto de casos onde há violência mas não houve intenção violenta, como em diversos casos de acidentes de trânsito ou outros tipos de acidentes.

Violência cultural é definida aqui como qualquer aspecto de uma cultura que pode ser usado para legitimar a violência em sua forma direta ou estrutural. A violência simbólica embutida em uma cultura não mata ou mutila como a violência direta ou a violência embutida na estrutura.

A violência ocorre quando há um abuso de poder ou uma agressão por palavras, gestos, ameaças, exposição, humilhação, opressão e coação, sem haver o auxílio ou a utilização da força física. Esse tipo de violência ocorre sempre que há algum dano psicológico a vítima.

Resumidamente, são eles:

  • I - violência física. Conduta que ofende a integridade ou saúde corporal;
  • II - violência psicológica. ...
  • III - violência sexual. ...
  • IV - violência patrimonial. ...
  • V - violência moral.

2) Violência Estrutural
Esse é um tipo de violência indireta em que não há apenas um ator identificável que cause essa forma de violência. Não há um único responsável concreto que possa ser responsabilizado pelas consequências, mesmo que o resultado final gere mortes ou sofrimento físico e psicológico.

Essa lei prevê cinco tipos de violência doméstica e familiar: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.

O texto legal descreve como sendo violência moral qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. Por exemplo, pode caracterizar violência moral, xingamentos ou atribuição de fatos que não são verdadeiros. LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.

Adultismo institucionalizado, preconceito de idade, classismo, elitismo, etnocentrismo, nacionalismo, especismo, racismo e sexismo são alguns exemplos de violência estrutural proposta por Galtung.

5. Violência social. A violência social ocorre devido à utilização da força de um grupo social sobre outro. Discriminação, preconceito, desrespeito às diferenças, intolerância ou submissão de um grupo é entendido como violência social.

São exemplos de violência estrutural, decisões políticas como as ditas “medidas de austeridade” que conduzem a um empobrecimento coletivo e a um retrocesso nos direitos sociais (apoio no desemprego, saúde, educação) e no acesso a bens essen¬ciais (como a água).

Além da desigualdade social, outro fator de risco que lidera as causas das violências no Brasil é a política equivocada de guerra às drogas, que fomenta confrontos diversos entre facções criminais e entre estas e as forças policiais, vitimando civis e policiais, em sua maioria, jovens, pobres e negros.

A violência psicológica acontece de múltiplas formas. Enquanto algumas agressões podem passar despercebidas outras são mais evidentes, como xingamentos, humilhação e chantagem emocional. Este tipo de violência possui a intenção de fragilizar o estado emocional e psicológico da vítima.

Nesse sentido, a crueldade praticada pelo perverso abole qualquer sensibilidade ética em relação ao corpo do outro. Portanto, a violência coisifica o outro, transformando-o em instrumento de satisfação, devido à impossibilidade de reconhecê-lo como sujeito de desejo, possuidor de sua própria alteridade.