O que é mito simbólico?

Perguntado por: ialmeida . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Tentativa de explicar a realidade, cuja linguagem procura fazer uma leitura do mundo através dos símbolos.

A linguagem mitológica, entendida em sua dimen- são simbólica, é capaz de dar expressão ao sentimento da relação do homem com o absoluto. Essa realidade manifesta-se nos sentimentos, valorizando os sentidos.

O mito é importante para a filosofia porque oferece uma forma de pensar a realidade de maneira simbólica e profunda. Ele permite ao ser humano refletir sobre suas crenças e suas experiências, buscando compreender o mundo e a si mesmo.

O mito é um início de racionalização da experiência simbólica na forma de narrativa, exprimindo um esquema ou um conjunto deles, na qual os símbolos traduzem-se em palavras e os arquétipos em idéias, conceitos, esquemas de pensamento e visões racionais do mundo.

Os mitos são classificados de duas formas: mitos cosmogônicos e mitos de origem. Os primeiros estão relacionados a eventos que explicam o surgimento do universo, enquanto os mitos de origem explicam o surgimento de um local ou de uma tradição.

Expressões simbólicas oferecem uma maneira generalizada de representar dados em uma estrutura uniforme tipo árvore. Elas adicionam um alto nível de flexibilidade em programação, permitindo a manipulação de estrutura e conteúdo.

Na linguagem simbólica, os signos não têm essa natureza imitativa, aludindo de forma abstrata e convencional às realidades a que se referem (as luzes dos semáforos, com verde para «passe», e vermelho para «pare»).

Uma pessoa pode ser chamada de mito quando suas ações parecem estar para além das pessoas comuns, a exemplo das divindades gregas. Assim, muitas vezes, pessoas que possuem muito destaque em suas áreas (por exemplo, nos esportes, nas artes, etc.) são chamadas de mito.

Embora sejam vistos como opostos, o mito e a filosofia possuem a mesma finalidade: explicar a origem do mundo e as causas que levam as transformações ou repetições das coisas.

O mito desempenha uma função social, ou seja, determinado grupo de pessoas unese e tem no mito o principal ponto de união. A função do mito não é, primordialmente, explicar a realidade, mas acomodar e tranqüilizar o homem em um mundo assustador.

O logos é verdadeiro no caso de ser justo e conforme à lógica; é falso quando dissimula alguma burla secreta (sofisma) Mas o mito tem por finalidade apenas a si mesmo. Acredita-se ou não nele conforme a própria vontade, mediante um ato de fé, caso pareça “belo” ou verossímil, ou simplesmente porque se quer acreditar.

Sua origem, do grego mythos, tem como significado narrar, contar, anunciar... O mito, portanto, constitui-se como uma narração de alguma coisa a alguém. Essa narração é sempre de uma história sagrada, de um tempo primordial, inflamada aos ouvidos dos poetas por musas que, ao cantar, transmitem as verdades absolutas.

Mito teológico – é aquele que trata do nascimento, das histórias, casamentos e genealogias dos deuses. Mito antropogônico – é aquele que trata da origem do homem. Mito antropológico – é o prolongamento do mito anterior, em que o desenvolvimento e as características dos seres humanos são narrados.

O que é um mito na Filosofia? No senso comum, mito pode significar “mentira”, “pegadinha”, “absurdo”. Por exemplo, existem mitos sobre o vestibular, isto é, crenças populares que podem ou não ter um fundo de verdade.

Características de um mito: Tem caráter explicativo ou simbólico. Relaciona-se com uma data ou com uma religião. Procura explicar as origens do mundo e do homem por meio de personagens sobrenaturais como deuses ou semi-deuses.

Temos uma linguagem simbólica quando há um excesso de vida que necessita de uma expressão, mas ainda contém o desconhecido, ou melhor, o indizível. Mesmo havendo exces- so de palavras, não se consegue expressar o que se quer, o que se sente.