Como os negros resistiram a escravidão?

Perguntado por: lnovais . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Os documentos mostram que a fuga e os quilombos não eram as únicas formas de resistência dos negros perante a escravidão: rebeliões, assassinatos, suicídios , revoltas organizadas também fizeram parte da história da escravidão no Brasil. Das revoltas históricas, a mais conhecida foi a dos Malês, em Salvador.

Algumas formas eram: formação de quilombos, fugas ou suicídios, magia, assassinatos e sequestros de senhores, paralisações, sabotagens e roubos. Também havia a capoeira, que era considerada uma forma de resistência, diferente do fenômeno urbano do século 19.

Os africanos eram tratados como se fossem um único povo, cuja cultura era considerada "inferior". Por isso eram obrigados a trabalhar em situações degradantes, vivendo de forma precária, sendo punidos com violência caso não cumprissem as ordens que lhes eram dadas.

A forçada diáspora africana para a escravidão de negros na América contou com diversas formas de resistência, desde as individuais, que levavam ao suicídio, aborto e revoltas até os levantes coletivos, mais organizados, com fugas em massa e formação de comunidades isoladas e autossuficientes conhecidas como quilombos.

Palmares: símbolo de luta por uma sociedade igualitária
Desde o início da colonização do Brasil, os africanos procuraram meios de resistir à escravização de seus corpos e de suas mentes. O suicídio, o assassinato de seus senhores, as fugas, a formação de organizações culturais foram alguns desses meios.

quilombo

Embora não tivessem sido as únicas, a revolta e a formação de quilombo foram das mais importantes formas de resistência coletiva contra a escravidão. A revolta assemelha-se a ações coletivas comuns na história de outros grupos subalternos; e o quilombo foi um movimento tipicamente dos negros escravizados.

A escravidão durou três séculos, de 1550 até 1888. Foram 300 anos de muita injustiça.

O regime de escravidão no Brasil foi marcado por uma rotina de trabalho pesado e violência, onde os escravizados sofriam punições públicas com frequência. O tronco, o açoite, as humilhações, o uso de ganchos no pescoço ou as correntes presas ao chão, eram bastante comum no período.

Por 388 anos o Brasil teve sua economia ligada ao trabalho escravo: extração de ouro e pedras preciosas, cana-de-açúcar, criação de gado e plantação de café. A mão de obra escrava era a força motriz dessas atividades econômicas.

Resistência à escravidão
Os escravos organizaram-se de diferentes maneiras contra a escravidão, e existiram as revoltas violentas que resultavam no assassinato de senhores e feitores, nas fugas coletivas ou individuais, na recusa em realizar o trabalho, na criação de mocambos e quilombos etc.

O punho cerrado ou punho erguido é um símbolo de solidariedade e apoio a causas relacionadas a conflitos sociais como racismo, xenofobia, sexismo, entre outras mazelas que fragilizam as relações humanas.

A vasta maioria dos libertos permaneceu marginalizada e desprovida de acesso à saúde, à educação, à formação profissionalizante, ao exercício da cidadania. Muitos escravos acabaram abandonando as fazendas nas quais foram escravizados e mudaram-se para outras ou para outras cidades.

Onde houve escravidão houve resistência. E de vários tipos. Mesmo sob ameaça de chicote, o escravo negociava espaços de autonomia com os senhores ou fazia corpo mole no trabalho quebrava ferramentas, incendiava plantações, agredia senhores e feitores, rebelava-se individual e coletivamente (GOMES, p 09).

Os quilombos, de maneira geral, funcionavam como válvula de escape para a intensa violência da escravidão nas senzalas. Além disso, eram considerados pontos centrais de oposição ao modelo escravagista, os quais resistiram a diversos confrontos com aqueles que se afirmavam superiores, os senhores de engenho.

a) IDENTIFIQUE as formas de resistência dos negros à escravidão citadas por Antonil. resposta: As formas de resistência à escravidão mencionadas no fragmento são fugas, formação de quilombos, suicídio, assassinatos de feitores e senhores, além de práticas de feitiçaria.

13 de maio de 1888

Em 13 de maio de 1888, após seis dias de debate no Congresso, foi assinada pela princesa Isabel a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil, sendo o último país da América Latina a abolir a escravatura.