Como é a empatia atualmente?

Perguntado por: dbarros . Última atualização: 17 de julho de 2023
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A empatia leva as pessoas a ajudar umas às outras; está intimamente ligada ao altruísmo – amor e interesse pelo próximo – e à capacidade de ajudar. Quando um indivíduo consegue sentir a dor ou o sofrimento do outro ao se colocar no seu lugar, desperta a vontade de ajudar e de agir seguindo princípios morais.

A empatia está na base de um comportamento que nos permite viver em sociedade, desde a resolução de conflitos dentro de casa até o estabelecimento de um ambiente de trabalho saudável. Brasileiros, em especial, não se saem muito bem quando ao assunto é se colocar no lugar do outro.

Mas é possível desenvolver a empatia mudando nosso comportamento, nossa perspectiva, nosso modo de olhar o outro. Afinal, a empatia apresenta inúmeras vantagens para a nossa vida pessoal e profissional. Por meio dela, melhoramos nossa comunicação, aprendemos a enfrentar desafios, buscamos a solução de conflitos.

Colocar-se no lugar do outro, entender seus sentimentos e pensamentos, especialmente no momento de distanciamento social em que vivemos, ajuda a nos relacionarmos melhor com as pessoas. E o relacionamento interpessoal é essencial para uma liderança bem-sucedida.

A Empatia Social integra uma visão empática no nível interpessoal com uma compreensão do contexto social mais amplo. A sensação de desconforto e de não se sentir bem vindo em ambientes predominantemente brancos não é apenas uma sensação subjetiva e individual do rapaz que esteve em nosso retiro.

Como praticar a empatia?

  1. Pratique a escuta. Para você aprender a identificar e interpretar as emoções alheias, precisa, primeiro, conhecer as pessoas. ...
  2. Preste atenção na linguagem corporal. ...
  3. Tente entender o lado do outro mesmo quando você discorda. ...
  4. Faça perguntas. ...
  5. Se imagine no lugar da pessoa.

Assim, a falta de empatia vem da limitação da aceitação do diferente por parte dos brasileiros. Paralelo à isso, o individualismo nas relações sociais agrava a problemática. De acordo com a obra "Modernidade líquida", de Zygmunt Bauman, os indivíduos vivem em sociedade, mas pensam a cada dia mais apenas em si mesmos.

De acordo com a pesquisa, 42,6% dos jovens apontam déficit de empatia e 31,1% mostraram ter alguma dificuldade no desenvolvimento de relações afetivas. A insuficiência nesses aspectos cognitivos e afetivos, segundo as pesquisadoras, pode resultar em dificuldades de interação social.

Muita gente define empatia como sendo apenas a capacidade de se colocar no lugar do outro, porém, o conceito é mais amplo. Uma pessoa empática é aquela que consegue identificar, entender e se solidarizar com aquilo que acontece com os demais.

A empatia também estimula o altruísmo, pois compreendemos como pessoas em situação de necessidade se sentem e ficamos motivados a aliviar o seu sofrimento. Além disso, a habilidade de se colocar no lugar de terceiros melhora a convivência social.

É a falta da empatia que contamina o mundo com a praga do imediatismo, do consumismo, do uso indiscriminado de recursos naturais. A falta de empatia faz com que desumanizemos o outro e, com isso, nos tornemos menos humanos, mais egoístas, mais individualistas, mais competitivos e mais insanos.

A empatia estimula a reciprocidade e a interconectividade, além de melhorar nossa comunicação pessoal e social. Uma vez entendida como função da inteligência humana, a empatia diz respeito, antes de tudo, ao gerenciamento das emoções e pode ser desenvolvida desde a infância.

Não existe uma resposta definitiva sobre o porquê de algumas pessoas terem pouca empatia. É claro que há os psicopatas, pessoas com um distúrbio mental grave que as impede de colocarem-se no lugar do outro. No entanto, mesmo pessoas psicologicamente saudáveis também podem ter menos empatia.