Tem como viver com ascite?

Perguntado por: adamasio4 . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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A ascite pode ser infectada sem nenhum motivo, o que é chamado peritonite bacteriana espontânea. Essa infecção precisa ser tratada precocemente com os antibióticos certos. Se não for tratada, a infecção pode ser fatal. Esta infecção também pode impactar bastante a função de seu rim.

A presença de ascite em paciente com cirrose indica descompensação do fígado. Aproximadamente 50% dos pacientes com ascite por cirrose vão à óbito em 2 anos, se não tratados.

Nos casos de ascite muito volumosa e aparente, o especialista pode recomendar o uso de diuréticos para aumentar a vontade do paciente urinar e, também, restrições na dieta para reduzir a ingestão de sal. Em caso de infecção, o médico poderá prescrever antibióticos.

Já com o aparecimento das complicações, tais como o aparecimento de varizes no esôfago, acumulo de fluidos no estomago (ascites), peritonites bactérial espontânea, encefalopatia, etc., a expectativa de vida pode ficar em poucos anos, entre 2 e 4 anos.

Complicações da ascite
Se uma peritonite bacteriana espontânea se desenvolver, as pessoas geralmente sentem desconforto abdominal e o abdômen pode ficar doloroso. As pessoas podem ter febre e sentir mal-estar geral. Elas ainda podem ficar confusas, desorientadas e sonolentas.

Deve-se evitar alimentos naturalmente salgados como enlatados, embutidos ou conservados com sal. Pacientes fazendo uso de diuréticos devem registrar seu peso rotineiramente e informar imediatamente seu médico se apresentarem febre, confusão mental ou desorientação e piora da ascite.

Ascite tem cura. É ideal que o médico tome medidas para aliviar o abdômen da pressão sofrida pelo excesso de líquido. Recomenda-se que o paciente tome diuréticos, retire o sal da alimentação e pare com o consumo de álcool. Em casos mais graves é preciso a administração de medicamentos.

Pacientes com ascite decorrente da cirrose hepática necessitam fazer restrição da ingestão de sal (sódio) na dieta, pois uma ingesta maior que 2 gramas ao dia acaba impedindo a eliminação do líquido retido.

O tratamento para ascite dependerá da sua causa. Na maior parte dos pacientes, a causa mais comum é a cirrose com hipertensão portal. Um dos valores para se reconhecer esta causa, é o uso de diuréticos e abstenção de sal, que costuma ser eficiente em pacientes com este tipo de ascite.

Esse aumento de volume no abdome pode causar dificuldades na alimentação e na mobilidade diária do paciente. O líquido ascítico pode desenvolver uma infecção chamada peritonite bacteriana espontânea, que clinicamente se apresenta com dor abdominal, febre e náuseas.

A ascite é mais frequente em pacientes com câncer de mama, cólon, ovário, pâncreas e colo de útero.

A cirrose é a desorganização completa da anatomia hepática e diminuição da função do fígado, com perda da arquitetura lobular e bordas irregulares, por conta de intensa fibrose e presença de nódulos regenerativos. O fígado é capaz de se regenerar mais facilmente e de forma rápida após sofrer lesões.

Ascite quilosa (AQ) é condição rara, caracterizada pelo acúmulo de linfa na cavidade abdominal. Sua fisiopatologia é complexa e associa-se à desregulação do sistema linfático torácico ou abdominal,1,2 apesar de ser comumente atribuída à hipertensão portal relacionada à ruptura e/ou obstrução de ductos linfáticos.

Classificação de ascite

  1. Grau 1 – Ascite leve: só é detectável por exame ultrassonográfico.
  2. Grau 2 – Ascite moderada: manifesta-se por distensão simétrica moderada do abdome.
  3. Grau 3 – Ascite acentuada: provoca evidente e tensa distensão abdominal.