Quem tem trombose pode perder a perna?

Perguntado por: cfarias . Última atualização: 7 de julho de 2023
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Como a artéria é o vaso sanguíneo que leva sangue do coração para os pés, a trombose arterial é análogo a um infarto na perna, ou seja interrupção da chegada de sangue na perna e no pé e, portanto, a complicação mais temida é a gangrena das pernas que, quando ocorre, pode levar à risco de amputação.

Qualquer veia do corpo pode ser afetada: nas pernas a mais frequente é a veia femoral, no abdome, a ilíaca, nos braços a braquial e no pescoço a jugular interna. O problema gera um quadro de dor e edema (inchaço) no membro afetado por dificuldade de passagem de sangue por este trajeto venoso.

Na maior parte das vezes, o trombo se forma na panturrilha, ou batata da perna, mas pode também instalar-se nas coxas e, ocasionalmente, nos membros superiores. O desprendimento do coágulo pode provocar complicações a curto ou longo prazo. A curto prazo, ele pode deslocar-se até o pulmão e obstruir uma artéria.

O aumento da coagulação do sangue também é um fator desencadeante. Um dos sinais que algo não vai bem é a dor na panturrilha, que apesar de não ser muito intensa, pode dificultar o andar. Além disso, o inchaço no pé e na perna também é um indicador.

Trombose arterial - ocorre quando o coágulo de sangue bloqueia uma artéria. Acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e infartos podem ser consequências de tromboses arteriais. Esta trombose costuma ser mais grave do que a venosa.

Diferente do que muitos pensam, o paciente com trombose não deverá ficar apenas deitado com as pernas elevadas. Desde que a dor esteja controlada, estes deverão se movimentar, pois esta ação será importante para ajudar no retorno do sangue para o coração.

Proibido o tabagismo:
Substâncias contidas no cigarro deixam o sangue mais coagulável e também causam microlesões nos vasos sanguíneos. Por isso, é proibido para todos que já tiveram trombose, independente da causa.

Ela ocorre em 90% dos membros inferiores com maior frequência para a perna esquerda e os 10% restante afeta os membros superiores, pelves, cavidade abdominal, torácica, cabeça e pescoço. É causada por um coágulo de sangue que se desenvolve em uma artéria.

Alguns fatores como predisposição genética, idade mais avançada, colesterol elevado, cirurgias e hospitalizações prolongadas, obesidade, uso de anticoncepcionais, consumo de álcool, fumo, falta de movimentação, aumentam o risco de desenvolver trombose.

Como Prevenir a Embolia Pulmonar. Para que a embolia pulmonar não ocorra, a trombose venosa profunda deve ser prevenida. Deve-se controlar os fatores de risco, praticar exercícios físicos e interromper o tabagismo.

O tempo do tratamento é longo cerca de 3 a 6 meses, inicialmente, a depender da veia que foi acometida.

A trombose venosa localizada nas pernas não oferece risco de morte. Entretanto, o coágulo pode se desprender, migrar pela corrente sanguínea e se alojar nos vasos sanguíneos do pulmão – conhecido como embolia pulmonar, que apresenta risco de morte.

"Em situações mais graves, o trombo se solta da parede do vaso e se locomove na circulação, podendo chegar às artérias pulmonares e ocasionar uma embolia pulmonar, consequência potencialmente fatal”, explica a angiologista e cirurgiã vascular Beth Moreno.

Quando dores intensas ocorrem em apenas uma das pernas, vermelhidão, inchaço ou endurecimento da musculatura na região, podem ser sinais de trombose.

A compressão excessiva nesses casos pode, inclusive, piorar a circulação arterial. Em casos que a pessoa tenha trombose e necessite ficar deitada, avalia-se o uso de meia elástica, com compressão menor (18-20mmHg), semelhante às usadas em prevenção de trombose após cirurgia.