Quem tem ansiedade pode ter infarto?

Perguntado por: lzagalo8 . Última atualização: 12 de julho de 2023
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Assim como a depressão, esses outros transtornos afetam não só a saúde mental, mas também a do coração. O médico cardiologista Mateus Freitas Teixeira explica. Ansiedade, raiva e estresse podem aumentar o risco de doença cardiovascular, semelhante ao que já acontece com a depressão.

Embora em muitos casos tudo não passe de um susto, pesquisadores apontam que o surgimento de doenças cardiovasculares estão relacionadas a distúrbios psiquiátricos como a ansiedade e depressão.

Durante uma crise de estresse, a pessoa pode ter ainda sintomas parecidos aos de um infarto, como falta de ar, coração acelerado e transpiração excessiva.

Coração acelerado, falta de ar, tremores, angústia, apreensão, suor excessivo, tensão muscular estão entre os sintomas provocados pelo transtorno de ansiedade. E o problema, além de afetar e acelerar os batimentos cardíacos, pode favorecer o desenvolvimento da hipertensão arterial e também arritmias.

Ao contrário do infarto, a dor da crise de ansiedade se concentra na área do peito, mas sem a pressão gerada nos ataques cardíacos. Além disso, as dores e os formigamentos podem surgir em qualquer parte do corpo, como braços, pernas, dedos, tórax e pescoço.

Por que isso acontece? Enquanto a definição de transtornos de ansiedade infere cronicidade, emoções negativas como raiva, medo, tristeza e estresse emocional severo podem resultar na liberação do hormônio adrenalina, que aumenta temporariamente a pressão arterial e resulta na constrição das artérias.

É comum sofrer com dores nas costas, ombros e nuca. Os músculos do pescoço ficam travados e a dor é tanta que mal dá para virar de lado. Essa tensão muscular, quase constante, geralmente acompanha os transtornos de ansiedade.

De acordo com Felipe Gavranic dos Reis, especialista em Cardiologia e Médico Cardiologista da CCRmed, o paciente normalmente apresenta sinais entre uma e até duas semanas antes do infarto e costuma recorrer ao pronto-socorro para ser medicado.

A ansiedade acomete mais de 18 milhões de brasileiros, cerca de quase 10% da população, e causa um sentimento indefinido e desagradável de medo e apreensão devido a um perigo desconhecido. Quando é exagerada, torna-se um problema patológico, que pode prejudicar bastante a qualidade de vida.

Pratique técnicas de relaxamento: Aprenda e pratique técnicas de relaxamento, como respiração profunda, ioga e meditação, para ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade. Evite estimulantes: Reduza ou elimine o consumo de cafeína, álcool e nicotina, pois essas substâncias podem agravar as palpitações.

Busque ambientes tranquilos. O barulho ou a presença de outras pessoas pode piorar uma crise, já que se torna mais difícil de a mente se aquietar e recuperar o controle. Assim, quando perceber que a crise se aproxima, procure um ambiente tranquilo, onde seja possível fazer o exercício de respiração e se acalmar.

Os sintomas da ansiedade são emocionais e físicos, com duração de alguns minutos. Em geral, durante uma crise, há um pico de manifestações sintomáticas, fazendo com que o paciente sinta o coração acelerado, dor no peito, palpitações e náusea.

A ansiedade ligada ao medo de doença cardíaca coronariana ou infarto do miocárdio é chamada de ansiedade cardíaca. A ansiedade cardíaca leva frequentemente a pessoa ansiosa a evitar atividades físicas ou outras situações de vida que possam desencadear sinais físicos de natureza cardiovascular.

O principal sintoma é dor ou desconforto na região peitoral, podendo irradiar para as costas, rosto, braço esquerdo e, raramente, o braço direito. Esse desconforto costuma ser intenso e prolongado, acompanhado de sensação de peso ou aperto sobre tórax.