Quem foi Lampião?

Perguntado por: ipadilha . Última atualização: 29 de junho de 2023
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Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, o Rei do Cangaço, foi um cangaceiro brasileiro que atuou na região do sertão nordestino do Brasil.

Lampião foi o mais famoso chefe cangaceiro que existiu no país e teve atuação entre 1922 e 1938. Ele era de uma família de posição razoável, mas que se viu despossuída de tudo por uma disputa de terras. Lampião liderou um grupo de homens que aterrorizou o interior do Nordeste com seus saques.

Liderou um bando que atacava e saqueava regiões do Nordeste, sendo considerado bandido por uns e herói por outros. Em 28 de julho de 1938, ele e seu bando foram assassinados em uma emboscada, tendo sua cabeça exposta como prova da sua morte.

Seu irmão mais novo chamado Livino foi atingido pelos policiais e morreu. Lampião ao reagir foi ferido no olho direito por um espinho do cacto que o policial atingiu com uma escopeta. Lampião foi levado a um médico numa cidade, próxima ao acidente, chamada Triunfo onde retiraram o espinho de seu olho.

Matar Lampião era um desejo das autoridades brasileiras desde a segunda metade da década de 1930. A ordem foi dada pelo então presidente Getúlio Vargas. Atendendo a pedidos de políticos nordestinos, ele impôs uma longa caçada ao bando.

Uma das feitas em companhia do bando, e que Lampião costumeiramente trazia consigo era esta oração: "Justo juiz de Nazaré, filho da Virgem Maria, que em Belém fostes nascido entre as idolatrias, Eu vos peço senhor, pelo vosso sexto dia, e pelo amor do meu padrinho Pe.

Alguns trabalhos, como o da historiadora Maria Christina Russi da Matta Machado e do geógrafo Wilson Alvares dos Santos, apresentam o cangaço como um movimento social causado pela seca, pela opressão da população pobre camponesa nordestina e pelo contexto político e econômico da região.

Cangaço foi o nome dado a um grupo de pessoas que protestava contra a situação de precariedade e injustiça social na qual vivia a população da região Nordeste do Brasil, entre os séculos XIX e XX.

catolicismo popular

Como a maioria dos sertanejos praticantes do chamado catolicismo popular, Lampião, mantinha relação com anjos e santos, rezava todos os dias e acreditava em forças ocultas e em sonhos.

Os cangaceiros Promoviam saques a fazendas, atacavam comboios e chegavam a sequestrar fazendeiros para obtenção de resgates. Aqueles que respeitavam e acatavam as ordens dos cangaceiros não sofriam mal algum, pelo contrário, eram muitas vezes ajudados.

Lampião e Maria Bonita viajaram pelo nordeste brasileiro praticando o banditismo e mudaram várias regras no cangaço para ficarem juntos. O casal teve um trágico fim, quando no dia 27 de julho de 1938 em Poço Redondo, no estado de Sergipe, foram emboscados pela polícia.

Após serem mortos, Lampião e seu bando tiveram os corpos degolados e as cabeças foram expostas na escadaria da Prefeitura de Piranhas, como prova da ação policial que conseguiu colocar um fim ao cangaço e ao mito do sertão nordestino.

O bando foi pego totalmente desprevenido sem chance de se defender dos tiros das metralhadoras disparados durante cerca de vinte minutos. Dos 34 cangaceiros presentes, onze morreram ali mesmo.

Como o cangaço chegou ao fim? O cangaço chegou ao fim quando o bando de Lampião foi emboscado em 1938, na fazenda Angicos, em Sergipe. Neste período, o Brasil era governado por Getúlio Vargas, que tinha instaurado uma ditadura chamada Estado Novo e reprimiu fortemente quem estivesse fora da ordem.

O próprio Tenente João Bezerra informou que após as mortes de cangaceiros em Angico, as cabeças tiveram que ser cortadas, pois ficava impossível, trazer os corpos em face das dificuldades encontradas.

Após as mortes, os cangaceiros tiveram suas cabeças expostas em diversas cidades. Para os Volantes, o episódio representou um marco e poderia servir de exemplo. Com as cabeças sendo exibidas como troféus, as levaram até Maceió, onde passaram por uma autópsia.