Que continente teve a maior queda na taxa de fecundidade?

Perguntado por: nribeiro . Última atualização: 21 de agosto de 2023
4.5 / 5 10 votos

O continente europeu tem experimentado nas últimas décadas uma queda expressiva do número de nascimentos. A queda da natalidade na Europa é resultado de diversos fatores e reflexo das condições socioeconômicas e educacionais da maior parte dos países europeus.

Taxa de Fertilidade no Mundo
No geral, a Europa apresenta uma taxa de fertilidade abaixo da média com 1,5. A África é um dos continentes que apresenta as maiores taxas de fertilidade com uma média de 4,5. Na Ásia e na Oceania a média é de aproximadamente 2,5.

Essa queda da taxa de fecundidade é consequência de vários fatores, tais como projetos de educação sexual, planejamento familiar, utilização de métodos contraceptivos, maior participação da mulher no mercado de trabalho, expansão da urbanização, entre outros.

A Taxa de Fecundidade é um índice utilizado na demografia, que se refere ao número médio de filhos nascidos vivos, tido por uma mulher ao final do seu período reprodutivo, em determinada unidade geográfica (países, unidades da federação, regiões metropolitanas ou municípios) em um determinado período de tempo.

Quando o país tem taxa de fecundidade abaixo de 2,1 filhos por mulher, considera-se que o país está abaixo do nível necessário para que a população siga crescendo a longo prazo.

O estudo publicado pelo Ipea apontou que, entre 2020 e 2100, é esperado que o nível de fecundidade do país diminua de 1,76 filho por mulher para 1,6, caminhando para o nível mais baixo da história de fecundidade do Brasil.

A Nigéria ocupa o primeiro lugar, com 7,1 nados vivos por mulher, seguindo-se o Chade, com 6,7 e a Somália, com 6,1.

O governo do Japão planeja presentear pais que tiverem bebês com 80 mil ienes extras —o equivalente a R$ 3,1 mil- a partir de abril de 2023. Hoje, no nascimento de uma criança, os responsáveis já recebem 420 mil ienes (cerca de R$ 16,2 mil).

As maiores taxas de crescimento se encontram nos países da Ásia e da África. Em um cenário oposto, países da Europa apresentam a tendência de redução populacional para as próximas décadas.

Em 2021, foram 2,66 milhões de registros de nascimento
Pelo terceiro ano consecutivo, o Brasil apresentou queda da natalidade. Segundo o Ministério da Saúde, em 2021, foram 2,66 milhões de registros de nascimento no Sistema de Informações sobre nascidos vivos.

“Alguns dos fatores responsáveis por isso são a melhoria no acesso a serviços em saúde sexual e reprodutiva, além do acesso à informação e ao sistema de saúde de uma maneira geral. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) é um grande responsável pela melhoria no acesso à contraceptivos e a informações.

Entre 2000 e 2020, o número médio de filhos passou de 2,08 filhos por mulher para 1,56. Estudo do Seade com base nas informações dos Cartórios de Registro Civil no Estado de São Paulo mostra que o número médio de filhos, entre 2000 e 2020, passou de 2.08 filhos por mulher para 1,56, significando redução de 25%.