Qual o tempo de vida de um cão com leishmaniose?

Perguntado por: lmatiass2 . Última atualização: 19 de julho de 2023
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Quanto tempo vive um cão com leishmaniose? Não há uma resposta precisa para essa questão. Quando o pet recebe o resultado positivo da doença, o que deve ficar claro para o tutor é que o acompanhamento com um veterinário deve ser feito pelo resto da vida dele, tratando os sintomas provenientes da doença.

O tratamento é feito por 28 dias seguidos, com três meses de intervalo. O ciclo é reiniciado se o veterinário considerar necessário, geralmente quando o cão apresenta algum sintoma de recaída, como feridas na pele e inflamação nas pálpebras.

Leishmaniose e os animais
Então o que podemos fazer, é diminuir o sofrimento do animal, mas não há cura”, ressaltou o veterinário. Por causa disso, a doença se tornou conhecida por levar cães ao processo de eutanásia, em que o animal é sacrificado sem que haja sofrimento.

Apesar de ser uma doença perigosa, é possível conviver com um cachorro nessas condições. O contato direto com o animal não prejudica os humanos, pois a leishmaniose depende do mosquito palha - vetor da doença - para ser transmitida. Logo, não é necessário se desfazer do pet se ele estiver doente.

Embora a qualidade de vida do cão melhore, ele precisará do tratamento e do acompanhamento do médico veterinário para o resto da vida. É importante também que seja colocada uma coleira especial impregnada com um inseticida no cão, para evitar que ele seja picado pelo inseto transmissor do parasita, o flebotomíneo.

Se a patologia não for tratada devidamente, dependendo do tipo, pode levar a óbito em 90% dos casos, porque com o protozoário no organismo do pet as células do sistema imunológico são atacadas, assim como na hemoparasitose, podendo atingir órgãos como baço, fígado e medula óssea.

Os principais sintomas da LVC são perda de apetite, emagrecimento, pelo opaco, queda de pelos, aparecimento de feridas na pele (em especial na face, focinho e orelhas) e, num estágio mais avançado, o crescimento exagerado das unhas (onicogrifose) e perda dos movimentos das patas traseiras (parestesia).

Período Final
Caso não seja feito o diagnóstico e tratamento, a doença evolui progressivamente para o periodo final, com febre continua e comprometimento intenso do estado geral. Instala-se a desnutrição, (cabelos quebradiços, cílios alongados e pele seca) e edema dos membros inferiores, que pode evoluir para anasarca.

Além disso, o remédio tem custo elevado, entre R$ 700 e R$ 1.800. O tratamento envolve um coquetel de outros medicamentos, como antibióticos, suplementos e vitaminas, além do uso de repelentes. Ainda que o animal reaja bem ao tratamento, exames periódicos são necessários para monitorá-lo.

Essa realidade começou a mudar em 2016, quando surgiu um novo medicamento regulamentado pelo Ministério da Saúde e com resultados bastante positivos. Mas é preciso lembrar que a leishmaniose canina permanece sem cura total. O que esse tratamento faz é promover uma cura clínica e epidemiológica.

Leishmaniose: os sinais clínicos dessa doença podem variar bastante, mas um deles pode ser focinho de cachorro machucado, Picadas: curiosos, esses pets frequentemente cheiram e até tentam “caçar” abelhas e outros insetos.