Qual foi o propósito de John Locke?

Perguntado por: aalencastro . Última atualização: 20 de julho de 2023
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A principal ideia de John Locke era a defesa da liberdade intelectual e da tolerância. Ele foi o precursor de ideias liberais que foram florescer no iluminismo francês no séc XVIII. Locke foi crítico da teoria do direito divino dos reis que Hobbes defendia.

Suas ideias ajudaram a derrubar o absolutismo na Inglaterra. Locke dizia que todos os homens, ao nascer, tinham direitos naturais — direito à vida, à liberdade e à propriedade. Para garantir esses direitos naturais, os homens haviam criado governos.

"Onde não há lei, não há liberdade." (Locke) John Locke (1632-1704) acredita que o Estado surge para garantir, através das leis, os direitos naturais dos indivíduos, principalmente, o direito natural à propriedade. Esta teoria serviu de base para o desenvolvimento do liberalismo.

Locke era defensor da Monarquia Constitucional e criticava a teoria hobbesiana de direito divino dos reis. De acordo com Locke, a soberania não reside no Estado, mas na população, que através de representantes escolhidos, deveria formular e promulgar leis a serem cupridas pelos monarcas.

A liberdade consiste em estar livre de restrição e de violência por parte de outros, o que não se pode dar se não há lei. (LOCKE, 2000.

Nesse sentido, Locke compreende o contrato social como uma possibilidade de amenizar a violência e invasão à soberania da propriedade privada. Porém, diferente de Hobbes, Locke acredita ser essencial um Estado dividido e a garantia da desobediência civil, isto é, de a população possuir direito de rebelião.

A mente é como uma folha em branco ou, para usar a expressão de Locke, uma tábula rasa, na qual as percepções sensíveis deixam sua marca. Desse modo, as ideias em nossa mente correspondem às coisas reais. Claro que há reflexão, mas ela trabalha a partir das informações advindas da experiência.

O que te preocupa, te escraviza. Quando o homem nasce, sua mente compara-se a um papel em branco, que vai sendo preenchido conforme suas experiências. Ler fornece ao espírito materiais para o conhecimento, mas só o pensar faz nosso o que lemos.

a escravidão é um estado tão vil e miserável para o homem, e tão diretamente oposta ao temperamento generoso e à coragem de nossa nação; que dificilmente se poderia conceber que um inglês, muito menos um cavalheiro, devesse advogar por ela.”

Locke encarava o governo como troca de serviços: os súditos obedecem e são protegidos; a autoridade dirige e promove a justiça; o contrato é utilitário e sua moral é o bem comum. Para Locke a propriedade privada tem como base o direito natural: O Estado não cria a propriedade, mas a reconhece e protege.

John Locke negava radicalmente que existiam ideias inatas, tese defendida por Descartes. Argumentava ele que quando se nasce a mente é uma página em branco que a experiência vai preenchendo. Sua teoria do conhecimento foi exposta em sua obra fundamental: “Ensaio Sobre o Conhecimento Humano”.

É a partir deste conceito que Locke desenvolve a idéia de direitos naturais, tais como o direito à liberdade, à vida e à propriedade. A finalidade do governo civil, segundo Locke, é a garantia e a preservação destes direitos naturais.

Tendo como foco o Direito e suas ramificações políticas, entendemos que Locke defende aquilo que os modernos chamam de “básico” para a existência de cada indivíduo, como a vida, a paz, a liberdade e a igualdade, ou seja, os bens materiais elementares para a sobrevivência humana.

Adam Smith é considerado o pai do liberalismo, sendo um dos pensadores e economistas mais importantes da história. Sua obra influenciou diretamente em áreas como: crescimento econômico, ética, educação, divisão do trabalho, livre concorrência, evolução social, entre outros assuntos.

Desse modo, o objetivo da criação do Estado para Hobbes é preservar a vida, é deixar de viver sob o constante medo, para Locke é preservar a propriedade que já existe desde o estado de natureza, e para Rousseau é preservara liberdade civil.