Porque a adrenalina é usada no choque anafilático?

Perguntado por: lgois . Última atualização: 26 de setembro de 2023
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Aumenta a frequência cardíaca e a força contrátil do miocárdio. Seu efeito alfa-adrenérgico estimula a vasoconstricçao, fazendo a pressao arterial se elevar e diminuindo o edema de mucosas.

A adrenalina (epinefrina) é bastante eficiente para a anafilaxia, já que essa substância promove algumas alterações no organismo, tais como: Dilata os brônquios, facilitando a respiração, Diminui o inchaço (edema) nas vias respiratórias, Melhora a pressão arterial, a circulação do sangue e os batimentos cardíacos.

A adrenalina injetada dilata os brônquios de forma quase instantânea. Se a pessoa sofrer um choque anafilático (queda da pressão arterial, pulso fraco e rápido, tonturas ou perda de consciência).

O tratamento deve ser feito rapidamente, sendo a adrenalina o primeiro medicamento a ser administrado por via intramuscular, na região anterolateral da coxa. A adrenalina trata todos os sintomas associados à anafilaxia, prevenindo o seu agravamento.

Ela promove a vasoconstrição periférica, o aumento da frequência cardíaca e da automaticidade das regiões do coração, bem como pode ser usada como medicamento para controlar os batimentos cardíacos acelerados. Ajuda a liberar outros hormônios como a insulina, o glucagon, a gastrina, etc.

Mecanismo de ação: pelo estímulo beta-1: aumenta contratilidade (efeito inotrópico), aumenta condução AV e automatismo. Pelo estímulo beta-2: broncodilatação, vasodilatação musculatura esquelética. Pelo efeito alfa: vasocontrição, reposta de fuga. Em baixas doses predomina efeito beta (vasodilatação).

Aplicar uma segunda dose de adrenalina 5 a 15 minutos após a primeira, caso os sintomas persistam e ainda não tenha condição de chegar à emergência. Antialérgicos e corticoides NÃO substituem a adrenalina! Auxiliam no tratamento, mas não devem ser administrados antes ou ao invés da adrenalina.

Quando a anafilaxia afeta o sistema cardiovascular dando origem a queda da tensão arterial chama-se choque anafilático. Os doentes com asma ou doenças cardiovasculares são os que possuem um maior risco de apresentar reações anafiláticas mais graves. A anafilaxia é, portanto, uma emergência médica.

Corticosteróides por via intravenosa, metilprednisolona 125 mg, são indicados para minimizar a reação e devem ser mantidos por pelo menos 72 horas, assim como anti-histamínicos, como a difenilhidramina, 50 mg por via endovenosa. Broncodilatadores inalatórios auxiliam no combate ao broncoespasmo.

É a forma mais grave de reação de hipersensibilidade (alergia), desencadeada por diversos agentes como drogas, alimentos e contrastes radiológicos. Os sinais e sintomas podem ter início após segundos à exposição ao agente ou até uma hora depois. A avaliação e o tratamento imediatos são fundamentais para evitar a morte.