Por que consideram o proletariado a única classe revolucionária?

Perguntado por: ocavalcanti4 . Última atualização: 21 de agosto de 2023
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Os PEQUENOS CAMPONESES aparecem como classe revolucionária na medida em que lutam contra a burguesia que possui os latifúndios, as grandes propriedades do campo. Mas o seu objetivo espontâneo é a distribuição da terra, conservando ainda a forma de pequena propriedade.

Revolução Proletária ou Revolução Operária é uma revolução classista promulgada pelo Marxismo em que o proletariado tenta ocupar a posição de classe dominante, subordinando outras classes mediante a tomada de governo. Seu objetivo, conforme marxistas, é transformar o Estado Burguês em um Estado Operário.

Karl Marx e o proletariado
Marx afirma ser a classe proletária a responsável pela revolução e pela mudança na organização socioeconômica. A classe proletária é definida por Marx como aquela que trabalha, que vende sua força de trabalho e garante a partir da mais-valia o enriquecimento da classe burguesa.

Proletariado é a classe dos proletários, é a classe dos operários, constituída de indivíduos que se caracterizam pela sua condição permanente de assalariados e pelos seus modos de vida e atitudes decorrentes de tal situação.

Karl Marx, após a Revolução Industrial, definiu teoricamente o proletariado como a classe trabalhadora, ou seja, os trabalhadores assalariados que, por não terem posses, vendem sua própria força de trabalho para sobreviver.

A ideia de proletariado como uma classe antagônica à dos capitalistas surgiu no século XIX, quando operários conseguiram pela primeira vez organizar greves de dimensões consideráveis e questionar a situação em que viviam de maneira que, para muitos, suas exigências eram irreconciliáveis com a sociedade capitalista.

O socialismo e o marxismo definem o proletariado como a classe social completamente dominada. Os trabalhadores produzem para o lucro dos patrões, os burgueses. Essa relação de controle se configura também pela exploração.

Características do proletariado
É produto do capitalismo industrial. Não possui meios próprios de subsistência. Vende sua capacidade física e intelectual, seu tempo e sua energia para realizar atividades para outrem. É alienado do processo e do resultado de suas ações, pois age sob a vontade do empregador.

O proletariado, classe destinada a realizar a revolução, carrega em sua formação as debilidades de um sistema político mal resolvido, despontando nessa conjuntura, como ser social que “pertence” à sociedade, mas que, ao mesmo tempo, não é pertencente a ela.

Constituída essencialmente de assalariados e outros trabalhadores que, não dispondo dos meios de produção, oferecem-se como força de trabalho. É o caso dos empregados "permanentes" e "temporários", uma parte dos administradores, agrônomos, veterinários e semi-assalariados.

Os proletários eram os homens sem posses, que tinham seus filhos (sua prole, daí a origem da palavra proletário) como única coisa a oferecer ao Império para que servissem no exército imperial. No século XIX, o termo foi ressignificado.

O Manifesto nos mostra que o desenvolvimento da maquinaria e da grande indústria fortalece a classe burguesa, faz crescer o proletariado e arruína o artesanato e a pequena burguesia tradicional.

Além da indústria, a agricultura foi transformada, e, depois as minas ganharam relevância e começaram a ser exploradas. Foi assim que surgiu os proletários fabris, proletários agrícolas e os proletários mineiros.