Pode fazer endoscopia 2 vezes?

Perguntado por: acurado . Última atualização: 27 de setembro de 2023
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Não há necessidade de repetição de endoscopia em pacientes com gastrite enantematosa ou erosiva, hérnia hiatal, esofagite leve (grau A ou B) ou duodenite.

“Um exame feito com o preparo certo, de boa qualidade e com resultados completamente normais vai ser repetido dali 10 anos. Mas, se acharmos pólipos, pode ser necessário repetir em um, três ou cinco anos, dependendo da quantidade, do tamanho deles e da biópsia”, explica Lages.

Para maiores de 50 anos: repetir em 01 ano. Para menores de 50 anos: repetir em 02 anos.

É necessário que haja um intervalo mínimo de cinco dias entre a endoscopia e métodos diagnósticos que utilizem contraste por via oral.

O exame de endoscopia pode ser repetido em caso de necessidade, como nos casos em que o médico não consegue visualizar corretamente os órgãos do sistema digestivo alto ou se houver necessidade de biopsiar lesões de risco.

Quais os riscos do procedimento? A endoscopia digestiva alta é um exame seguro. No entanto, como todo ato médico, ela não é isenta de riscos. A complicação mais frequente é flebite (dor e inchaço no trajeto da veia puncionada) que pode acontecer em até 5% dos casos, dependendo da medicação utilizada para sedação.

A gastrite crônica não tratada pode causar atrofia da mucosa gástrica ou metaplasia intestinal que são processos de transformação da mucosa devido à gastrite – seja ela por H. pylori ou não. Por sua vez, a atrofia ou metaplasia intestinal podem causar displasia do epitélio, gerando um câncer.

Quando uma área suspeita é encontrada durante a endoscopia ou em um exame de imagem, a única maneira de saber com certeza se realmente é um câncer é realizando uma biópsia. Durante a biópsia, o médico coleta uma amostra da área anormal, que é enviada ao laboratório de patologia para análise.

A endoscopia com biópsia é solicitada quando são encontradas áreas anormais durante o exame. Consiste em coletar amostras de tecido retiradas do esôfago, estômago e duodeno que passam por análise anatomopatológica. Com isso, é possível identificar bactérias, inflamações, células cancerígenas ou outras doenças.

Pacientes com dispepsia já investigada com endoscopia podem necessitar de nova endoscopia nas seguintes situações: Controle de cicatrização de úlcera gástrica, após 8 a 12 semanas de uso de inibidor de bomba de prótons (IBPs), nos casos em que houver: suspeita de malignidade (pacientes acima de 50 anos, presença de H.

pylori podem reaparecer.