O que muda depois do câncer?

Perguntado por: asilveira2 . Última atualização: 21 de agosto de 2023
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Após o tratamento, o paciente enxerga e procura um novo sentido à vida, visualizando tudo com uma percepção diferenciada. Os momentos e as situações que podem parecer ruins são amenizadas em comparação a tudo o que se passou com a doença, e você passa a valorizar as pequenas coisas.

Os sintomas da recidiva

  • perda de peso sem motivo aparente;
  • cansaço excessivo;
  • sangue nas fezes e/ou urina;
  • febre frequente;
  • dores;
  • hematomas pelo corpo sem nenhuma razão;
  • nódulos perceptíveis.

Esse período após o tratamento do câncer pode ser visto como uma nova fase da vida, na qual se tem a oportunidade de conhecer melhor o próprio corpo e suas limitações. Além disso, importa também o equilíbrio da própria saúde emocional, e a compreensão de que muitas vezes mudamos nossas perspectivas após o tratamento.

A cura do câncer é alcançada quando, no momento em que o médico faz a avaliação, não encontra nenhuma “evidência clínica ou radiológica de que existe presença de doença ativa”, explica a Drª. Débora Gagliato, oncologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

O câncer pode voltar mesmo após um tratamento correto, com cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia. O risco da doença retornar depende do tipo do tumor, pois existem tumores com chances maiores de voltar do que outros, e do tamanho do tumor ao ser diagnosticado, também chamado de estadiamento.

Recidiva tumoral
Isso pode acontecer semanas, meses ou mesmo anos depois do momento em que o câncer primário ou original foi tratado, independentemente de esse tratamento ter sido realizado por meio de cirurgia ou radioterapia.

De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o Brasil deve registrar cerca de 700 mil novos casos de câncer por ano, durante o período entre 2023 e 2025.

Alguns tipos de câncer provocam acúmulo de líquido no abdômen, o que pode fazer com que o paciente se sinta inchado e desconfortável. O excesso de líquido também pode empurrar os pulmões para cima e dificultar a respiração.

Os principais fatores de risco relacionados ao desenvolvimento do câncer são: atividade física, tabagismo, alimentação, peso corporal, hábitos sexuais, fatores ocupacionais, bebidas alcoólicas, exposição solar, radiações e medicamentos.

Quimioterapia e altas doses de radioterapia na cabeça podem causar problemas de concentração, memória e de aprendizagem, tanto para crianças, como para adultos. Ex-pacientes que sofrem de algum desses problemas devem conversar com seu médico para esclarecer suas dúvidas.

O corpo em recuperação "Do ponto de vista biológico, o corpo de fato está saindo de fato de uma guerra", diz ele. Assim, ele tende a se recuperar naturalmente, pouco a pouco, do bombardeio de medicações dos últimos meses. "Você não tem mais a fadiga, o cansaço que a quimio impõe em seu corpo.

Dos tumores luminais localizados, sem metástase axilar, 60% serão classificados como BAIXO risco, não necessitando de quimioterapia adjuvante. Dos tumores localizados com até 3 linfonodos axilares positivos, até 20% dos casos podem ser classificados como BAIXO RISCO, não necessitando de quimioterapia adjuvante.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os três tipos de câncer que mais mataram pessoas no mundo em 2020 foram câncer de pulmão, colorretal e fígado.

Equipe Oncoguia
O grau pode prever o prognóstico de uma paciente. Em geral, menor grau (1) indica um câncer de crescimento mais lento e é menos provável que se dissemine, enquanto um grau mais alto (3) indica um câncer de crescimento mais rápido, mais provável de se disseminar.

A atividade física, além de estar associada a melhorias na qualidade de vida e funcionamento físico, também diminui os sintomas da fadiga e o risco da recidiva da doença.