O que é esclerose?

Perguntado por: . Última atualização: 28 de junho de 2023
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​​Trata-se de uma doença neurológica desmielinizante autoimune crônica provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que comprometem a bainha de mielina que revestem os neurônios das substâncias branca e cinzenta do sistema nervoso central.

Na EM, as células de defesa do organismo atacam a bainha de mielina, uma capa de gordura que reveste os axônios — parte dos neurônios através do qual são transmitidos os impulsos nervosos. Esse dano causa problemas de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo, provocando os sintomas da doença.

Esclerose Múltipla é uma condição potencialmente incapacitante do cérebro e da medula espinhal (sistema nervoso central), ou seja, dificulta a comunicação ideal entre o cérebro e o corpo. Os sintomas que indicam a doença podem variar de caso para caso, a depender de quais e quantos nervos foram afetados.

Do grego, a palavra esclerose quer dizer endurecimento. Em medicina, de maneira bem geral, significa endurecimento patológico de um tecido do organismo. Há algumas décadas nos acostumamos a ouvir que fulano estava ficando esclerosado, indicando geralmente um idoso que estava apresentando sinais de demência.

Ao contrário do que muitos pensam, a esclerose múltipla não é uma doença que afeta a memória e atinge pessoas mais idosas. A patologia costuma acometer freqüentemente adultos jovens na faixa etária entre os 20 e 50 anos e idade, principalmente mulheres, na proporção 2:1, sendo mais comum em caucasianos.

Alguns pacientes relatam ponto cego ou turvo no centro da visão, além de o movimento dos olhos se tornar dolorido. Esses sintomas acontecem devido à inflamação do nervo ótico, que é um dos mais atingidos pela esclerose múltipla.

- primária progressiva (EMPP)
Os surtos duram dias ou semanas. Em média os surtos se repetem uma vez por ano caso não inicie o tratamento adequado. Em um prazo de 10 anos aproximadamente, metade desses pacientes evoluirá para a segunda forma da doença, conhecida como secundariamente progressiva (EMSP).

Há como prevenir? Essa doença neurológica não existe prevenção por vacinas, por exemplo. Dessa forma, é preciso evitar as causas como tabagismo, obesidade, falta de vitamina D e outros fatores que podem contribuir para o aparecimento da esclerose múltipla.

Esclerose Múltipla Progressiva Recorrente (EMPR)
Nela a doença segue em constante progressão e ainda conta com surtos graves e que também se agravam com o tempo. É necessário maior cuidado e atenção com as pessoas que possuem esse quadro. Visto que trata-se do cenário mais grave.

A visão atual é de que aproximadamente 50% das pessoas com esclerose múltipla sentem dor ou desconforto em algum momento durante o curso de sua doença. Quando grave, a dor na EM pode estar entre os sintomas mais difíceis de tratar.

Para o tratamento dos surtos, utiliza-se a pulsoterapia (administração de altas doses de medicamentos por curtos períodos de tempo) com corticosteróides sintéticos. O corticosteróide mais comum é a Metilprednisolona, administrado via endovenosa por três ou cinco dias.