O que é disfagia?

Perguntado por: . Última atualização: 28 de junho de 2023
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Corresponde a uma dificuldade em engolir, o que significa que demora mais tempo e implica maior esforço para mover os alimentos sólidos ou líquidos desde a boca até ao estômago; pode ser acompanhada de dor e, em casos graves, pode tornar impossível a deglutição.

A disfagia é definida como a dificuldade de levar o bolo alimentar da boca até o estômago, o que causa tosse, engasgos e sensação de que algo está preso em nossa garganta.

Alguns dos principais indícios são o engasgamento ou tosse durante as refeições, dor ao engolir ou a sensação de que o alimento fica parado na garganta. Se não identificada e tratada, a disfagia pode ser causa de desidratação e desnutrição decorrentes da dificuldade na alimentação.

Dentre as causas mais comuns da dificuldade para engolir (deglutir), estão a presença de doenças neurológicas, tais como acidente vascular cerebral; traumatismo cranioencefálico; Parkinson; Alzheimer; paralisia cerebral; oncológicas, como câncer de cabeça e pescoço, pulmonares e tumores de sistema nervoso central; ...

Nível 1: Disfagia Grave
Perda ou retenção severa do bolo alimentar em cavidade oral, com impossibilidade de clareamento. – Aspiração silenciosa de duas ou mais consistências, ausência de tosse voluntária, ou incapacidade de alcançar a deglutição.

Com relação ao tratamento medicamentoso, a domperidona e a metoclopramida, são um procinético, e age como antagonista do receptor da dopamina D2.

Pode tratar-se de disfagia, uma condição que pode durar meses ou anos e predispor o paciente a problemas como desnutrição, desidratação, asfixia, pneumonias aspirativas recorrentes e, nos casos mais graves, se não identificados, levar ao óbito.

O exame de Raio X possibilita diagnosticar a dificuldade que alguns pacientes sentem ao engolir. Dificuldade ou dor para deglutir, sensação de alimento parado na garganta, engasgos frequentes, infecções respiratórias de repetição.

A condição costuma acometer crianças e idosos, mas pode se manifestar em qualquer idade. É um problema que requer conscientização e cuidados porque pode afetar a qualidade de vida ou sobrevida do paciente. Ou seja, sem prevenção e tratamento, a disfagia pode ter consequências graves.

No entanto, a causa mais comum da disfagia está relacionada com a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), principalmente quando a DGRE não é tratada corretamente. Nesses casos, a acidez do suco gástrico que retorna ao esôfago pode provocar lesões na mucosa e dificultar as contrações.

Prevenção e dicas
Optar por alimentos mais macios e evitar os secos. Dar mordidas menores. Sentar ereto ao comer. Evitar deitar logo após a refeição.

- Modelar a língua em volta do bolo (“cupping”), tipo colher para o segurar de uma forma coesa. - Movimentar a língua tipo “varrer o céu da boca”. - “Double Swallow” – deglutir 2 vezes seguidas. - Treinar com uma colher invertida na boca: deve empurrar a colher para cima e para trás ao mesmo tempo.

A disfagia – ou dificuldade de deglutição – pode ser de dois tipos:

  • Disfagia orofaríngea: uma condição que afeta a cavidade bucal e a faringe, causando dificuldade para engolir;
  • Disfagia esofágica: condição caracterizada pela dificuldade de passagem do alimento depois do processo de deglutição.

O uso de alimentos com alto conteúdo de liquido, como purês de frutas e hortaliças, mingaus de cereais, manjares e pudins, assim como o uso de líquidos espessados para aqueles que são incapazes de ingerir líquidos ralos, ajudam a prevenir a desidratação.

A vibração do ronco causa o inchaço da faringe e a respiração a resseca e provoca lesões no órgão, o que dificulta a deglutição e facilita o engasgo. Na área neurológica, o acidente vascular cerebral (AVC) pode afetar os nervos e causar o descompasso da epiglote. Neste caso, o problema é chamado de disfagia.