O que é diabetes tipo 2?

Perguntado por: . Última atualização: 28 de junho de 2023
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Condição crônica, progressiva, que pode evoluir para graves complicações, com elevada morbimortalidade e forte impacto para o sistema de saúde e para a sociedade. O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) ocorre devido à perda progressiva de secreção insulínica, frequentemente combinada a resistência insulínica.

O diabetes tipo 2 (DM2) caracteriza-se por uma combinação de mau funcionamento da insulina e uma deficiência na produção deste hormônio pelo organismo. É mais comum em pessoas com mais de 40 anos, acima do peso, sedentárias, sem hábitos saudáveis de alimentação.

Como você já percebeu, a principal diferença entre os dois tipos de diabetes é que, no tipo 1, o corpo não consegue produzir a insulina para metabolizar a glicose. Por sua vez, no tipo 2, existe uma resistência do próprio organismo à ação da insulina produzida, como se ela não fizesse o efeito que lhe é próprio.

Diabetes tipo 2 pode ser mais perigosa para jovens adultos, aponta pesquisa. Pesquisadores de diferentes institutos de pesquisa do estado do Texas, nos Estados Unidos, estão fazendo descobertas importantes em relação à diabetes tipo 2.

Sintomas do diabetes tipo 2:

  • Fome frequente;
  • Sede constante;
  • Formigamento nos pés e mãos;
  • Vontade de urinar diversas vezes;
  • Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
  • Feridas que demoram para cicatrizar;
  • Visão embaçada.

A longo prazo, a glicemia elevada pode causar sérios danos ao organismo. Entre as complicações, destacam-se lesões e placas nos vasos sanguíneos, que comprometem a oxigenação dos órgãos e catapultam o risco de infartos e AVCs.

Para pessoas que têm diabetes tipo 2, a alimentação deve priorizar, sempre que possível, alimentos integrais, ricos em fibra, ao invés de carboidratos simples, como pães e massas brancas. Também é importante que a dieta seja balanceada, cortando os excessos de gordura e priorizando o consumo de frutas e vegetais.

É importante lembrar que o corpo de uma pessoa com diabetes tipo 2 ainda produz insulina pelo pâncreas, por isso o problema pode demorar para ser identificado. Só aparece quando a glicemia fica alta por muito tempo, resultando na perda de peso repentina.

Apesar de grande parte dos quadros de diabetes tipo 2 serem tratados com a mudança de hábitos alimentares e práticas de atividades físicas, em casos mais severos é necessário que o paciente tome injeções diárias de insulina para conseguir controlar a doença.

– Menor expectativa de vida: pessoas com diabetes tipo 2 têm sua expectativa de vida diminuída de 5 a 10 anos em relação às pessoas sem diabetes.

Quando os sintomas, como fome excessiva, emagrecimento, cansaço, fraqueza, sede e diurese, são ignorados e o tratamento não é feito o quadro pode evoluir para um estágio perigoso como desidratação severa, dificuldades respiratórias, vômitos e até o coma.

Tanto insulina, quanto medicação oral podem ser usadas para o tratamento do diabetes. A insulina é sempre usada no tratamento de pacientes com diabetes tipo 1, mas também pode ser usada em diabetes gestacional e diabetes tipo 2 (quando o pâncreas começa a não produzir mais insulina em quantidade suficiente).

É cuidando da alimentação, do peso, com atividade física e com uso dos medicamentos, que as taxas ficarão controladas”, pontua a médica endocrinologista e diretora clínica do CIDH, Marcela França. A especialista complementa que a educação e o acompanhamento profissional devem ser priorizados.

Qual o tratamento para a diabetes tipo 2? O tratamento do diabetes mellitus tipo 2 é alicerçado no controle da glicemia por meio do uso de medicamentos (uso oral e/ou injetável) e pela mudança no estilo de vida, com prática regular de exercícios físicos e seguimento de plano alimentar balanceado.

Teste de tolerância oral à glicose ou curva glicêmica
É um teste realizado em três etapas: a primeira coleta ocorre com o jejum; a segunda, uma hora após o paciente ingerir uma bebida açucarada; e a terceira coleta é feita duas horas após a primeira medição.

Alimentos que devem ser evitados
Arroz branco, snacks, massas folhadas, farinha de trigo branca, bolos, pães brancos, biscoitos, waffle; Frutas: melancia, frutas em calda, geleias de frutas e sucos de frutas; Frutas secas: tâmaras, figos, damasco, uva passa, ameixa; Cereais matinais que contém açúcar.