O quê cirrose e câncer?

Perguntado por: mjordao . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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Cirrose não é câncer. Mas, ela predispõe ao aparecimento do chamado câncer primário do fígado. O carcinoma hepatocelular. Isso acontece porque o fígado cirrótico multiplica suas células de maneira exagerada e desordenada para tentar se regenerar das agressões causadas pelo álcool.

A cirrose é uma doença em que as células do fígado são danificadas e substituídas por tecido cicatricial. Pessoas com cirrose têm um risco aumentado de câncer de fígado. A maioria das pessoas que desenvolve a doença já tem alguma evidência de cirrose.

Pacientes nessa última classificação irão apresentar complicações (hipertensão portal, sangramentos, encefalopatia, síndrome hepatorrenal) e necessitam de transplante. Perda da arquitetura lobular hepática, com fibrose (em azul) e nódulos regenerativos que não se comunicam entre si.

A cirrose é uma doença crônica do fígado, decorrente de processos inflamatórios persistentes no órgão. Em longo prazo, essas lesões impedem a regeneração das células e a circulação sanguínea, o que resulta na substituição de tecido normal do fígado por nódulos e fibroses (cicatrizes).

Quanto tempo uma pessoa pode viver com cirrose? Atualmente, a cirrose é considerada uma doença irreversível, e a única possibilidade de cura completa é através do transplante de fígado em casos mais graves.

"O tratamento é paliativo e pode aumentar a sobrevida. É indicado a pacientes com cirrose hepática que não podem operar, aos em fila de transplante de fígado que desenvolvem tumor e a pacientes para os quais o transplante não é indicado devido a presença de tumor avançado ou outras contra-indicações", afirma Valéria.

Os sintomas de câncer no fígado costumam aparecer nos estágios mais avançados da doença. Entre eles, pode-se citar a fadiga, a dor, o inchaço abdominal, a pele amarelada, entre tantos outros. Ao perceber uma ou mais alterações no organismo, é importante procurar um médico e investigar o quadro.

Já com o aparecimento das complicações, tais como o aparecimento de varizes no esôfago, acumulo de fluidos no estomago (ascites), peritonites bactérial espontânea, encefalopatia, etc., a expectativa de vida pode ficar em poucos anos, entre 2 e 4 anos.

Os principais sintomas da cirrose são: náuseas, vômitos, perda de peso, dor abdominal, constipação, fadiga, fígado aumentado, olhos e pele amarelados (icterícia), urina escura, perda de cabelo, inchaço (principalmente nas pernas), ascite (presença de líquido na cavidade abdominal), entre outros.

A cirrose hepática é uma condição grave e pode levar a complicações graves, como insuficiência hepática, sangramento gastrointestinal, acúmulo de líquidos no abdômen e aumento do risco de câncer de fígado.

São três os tipos de Cirrose: Hepática, Biliar e Pós-necrótica.

Quais são as causas da cirrose? A cirrose é mais associada ao consumo excessivo de álcool e outras drogas, mas também pode ser resultado de outras doenças, como as hepatites autoimune, B e C, que podem ser desencadeadas pelo uso excessivo de certos medicamentos.

Os sintomas mais comuns que aparecem como alertas no início do desenvolvimento da cirrose costumam ser a fadiga, perda de energia, perda de apetite e de peso, náuseas, dores abdominais e pequenos derrames na pele.

Apesar de o fígado possuir uma grande capacidade de regeneração, a cirrose hepática é geralmente irreversível e pode levar à morte por insuficiência hepática. Sendo assim, é importante ficar atento ao consumo de álcool, prevenir-se contra as hepatites virais e tratar adequadamente qualquer doença que afete esse órgão.

Portanto, o fígado que está doente não pode ser curado, mas mesmo assim existe uma alternativa de tratamento que, na verdade, é a única opção para levar de fato à cura da cirrose em estágio avançado: o transplante de fígado.

Recomendações nutricionais básicas:
Evitar bebidas alcoólicas, o café, os alimentos fritos, os alimentos gordurosos (embutidos, vísceras animais), lácteos integrais (preferir os desnatados). – Evitar a constipação. – Diminuir o consumo de proteína animal e aumentar o consumo de proteínas de origem vegetal.