O que acontece com o cérebro de uma pessoa bipolar?

Perguntado por: aperes6 . Última atualização: 21 de agosto de 2023
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Isso acontece porque, segundo pesquisas, a memória é muito sensível às mudanças de humor. Como em pessoas bipolares isso ocorre de forma impetuosa e reiterada, aquela capacidade cerebral se torna danificada. A falta de tratamento adequado ainda faz com que as crises se tornem mais intensas e mais frequentes.

A investigação mostrou redução da massa cinzenta no cérebro com transtorno bipolar quando comparados com saudáveis. Os maiores déficits foram encontrados na região frontal e temporal do cérebro (em cinza na figura), ou seja, em partes que controlam a inibição e as emoções.

Em episódios de mania ou hipomania, os sintomas têm sentido oposto. A cabeça da pessoa com transtorno bipolar faz com que ela se sinta animada, feliz e eufórica. Além disso, na fase da mania é comum que a autoestima seja melhorada, o corpo fique mais agitado, a atenção seja prejudicada e a fala se mostra compulsiva.

Basicamente, a bipolaridade — como esse transtorno também é chamado — é um distúrbio psiquiátrico marcado pela alternância entre a euforia e a depressão. Bastante complexo, tem crises com duração, frequência e intensidade variáveis. Ou seja, pode ser difícil lidar com o indivíduo nesses momentos.

Sintomas de bipolaridade
Nos episódios depressivo, os principais sintomas são: diminuição da disposição para a vida; aumento da necessidade do sono; retração e isolamento; tristeza profunda; falta de vontade para realizar atividades e pensamentos pessimistas, de menos valia e que trazem um ambiente de piora e risco.

Evite discutir, pois esse debate pode desencadear uma crise na pessoa. Assim, evite dizer coisas que podem gerar irritação.

Identifique possíveis gatilhos - alguns fatores podem desencadear ou piorar os sintomas das crises bipolares. Por exemplo: estresse, mudanças na rotina, sono prejudicado, consumo de álcool. Procure observar se há uma situação específica que pareça preditora de uma crise e, se possível, ajude evitá-la.

Através da análise de biomarcadores RNA, esse exame é capaz de apontar o quão severa é a depressão do paciente, o risco de desenvolver depressão severa no futuro e o risco de desenvolver distúrbio bipolar.

Os resultados observados mostraram que o ato de realizar tarefas do cotidiano de forma independente, não estar internado, ter um emprego, morar sozinho e manter um relacionamento afetivo são alguns dos benefícios dos quais os pacientes podem desfrutar caso o tratamento da doença esteja sendo efetivo.

Conviver com o transtorno bipolar afetivo com certeza traz grandes consequências para o cotidiano e isso pode ser visto nos relacionamentos. Essas grandes mudanças de humor podem dificultar a comunicação e a socialização.

As alucinações comumente acontecem em pessoas com transtornos psiquiátricos, como esquizofrenia e transtorno bipolar. Entretanto, você não necessariamente precisa ter uma doença mental para sofrer alucinações.

Mas o motivo principal pelo qual bipolares já diagnosticados surtam é: parar de tomar o remédio. Essa é uma infeliz rotina e acomete a maioria dos doentes. Uma vez que já sabemos que o indivíduo tem a doença, há chance para uma nova crise, e o grande desencadeante é o tratamento incorreto.

Clozapina, lamotrigina, olanzapina, quetiapina e risperidona são remédios usados para outros fins na rede pública, mas devem estar disponíveis também para esse transtorno afetivo.