Está a Solta tem crase?

Perguntado por: apereira . Última atualização: 2 de julho de 2023
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2) Devemos usar crase nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas formadas por palavras femininas. Exemplos: às vezes, às pressas, à força, à toa, à procura, às custas de, à vontade, à solta, às segundas (às terças, às quartas, às quintas, etc), à beira de, às escondidas, à medida que, etc.

Regras de quando NÃO usar crase
antes de palavras masculinas; antes de verbos; antes de pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles) e do caso oblíquo (me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe); antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa.

Como regra geral, só se usa crase antes de palavras femininas. A exceção são os pronomes demonstrativos aquele e aquilo.

Para identificar se a crase é necessária, uma das maneiras possíveis é trocar a palavra que acompanha o A por uma palavra masculina. Se o À se transformar em AO, significa que se trata da fusão entre uma preposição e um artigo. Se o A se mantiver mesmo ao lado de uma palavra masculina, ele não leva crase.

Dependendo do termo seguinte, poderá ocorrer ou não contração com esse termo, ou seja, poderá ocorrer ou não crase: Quanto a isso, nada sei. Quanto a esse assunto, nada sei. Quanto a essa situação, nada sei.

Se o "a" se transformar em "ao", há crase. Há crase em "àquele(s)", "àquela(s)" e "àquilo" se esses pronomes puderem ser trocados, respectivamente, por "a este(s)", "a esta(s)" e "a isto".

Ocorre crase: Antes de palavras femininas em construções frásicas com substantivos e adjetivos que pedem a preposição a e com verbos cuja regência é feita com a preposição a, indicando a quem algo se refere, como: agradecer a, pedir a, dedicar a,… Aquele aluno nunca está atento à aula.

O uso da crase antes de pronomes possessivos é facultativo. Isso acontece porque os pronomes possessivos podem ser ou não precedidos de um artigo definido. Haverá crase se o pronome possessivo for precedido de um artigo: Eu chamei a minha mãe. Eu disse à minha mãe que você viria.

OBS.: Os únicos pronomes de tratamento que admitem crase antes de si são senhora e senhorita . Observe: Dirijo-me à senhora com todo respeito.

Aqui, o acento grave indicativo de crase facultativa acontece quando a preposição “a” também é facultativa. “Chegarei em casa até as 20h” ou “Chegarei em casa até às 20h. “Caminhamos até a praça” ou “Caminhamos até à praça.” “Vou levar até as últimas consequências” ou “Vou levar até às últimas consequências.”

A crase só ocorre antes de pronomes demonstrativos que iniciem com a vogal “a” ou antes de substantivos femininos que são antecedidos pelo artigo “a” – por isso, nunca deve ser utilizada antes de palavras masculinas.

Em gramática, basicamente a crase se refere à fusão da preposição a com o artigo feminino a: Vou à escola. O verbo ir rege a preposição a, que se funde com o artigo exigido pelo substantivo feminino escola: Vou à (a+a) escola.

NÃO USAMOS A CRASE:
Antes de pronomes indefinidos que não admitem artigo (seguidos ou não de “s”): alguém, alguma, nenhuma, cada, certa, determinada, pouca, quanta, tal, tamanha, tanta, toda, ninguém, muita, outra, tudo, qual, qualquer, quaisquer.

Deverá dizer: "Eu vou à feira." O verbo ir no sentido de partir de um lugar para outro não se emprega com a preposição em, mas, sim, com as preposições a, para ou de, conforme exemplifico abaixo.

Se, genericamente, construirmos – O usuário está sujeito a multa –, a crase deixa de ocorrer porque não se trata de multa definida: sujeito a qualquer multa. Crase haverá agora: O usuário está sujeito à multa de R$ 200,00. De modo semelhante se daria com um nome masculino: sujeito a pagamento de multa.

A crase não deve ser empregada junto a verbos. O fenômeno da crase existe quando há uma fusão (ou contração) entre a preposição "a" e o artigo definido feminino "a". Logo, se a palavra seguinte à preposição "a" for um verbo, o acento grave indicativo da crase não é admitido.