É ruim ser niilista?

Perguntado por: oguimaraes . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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Então niilismo é bom ou ruim? O niilismo causa divergência de opiniões entre as pessoas, principalmente pelos vários lados e visões que pode ter. O nada, base do conceito filosófico, pode ser tão amplo ao ponto de ser tudo.

têm como resultado para as personagens Stavróguin e Kiríllov de Os demônios e o Adivinho de Assim falou Zaratustra, a constituição de uma personalidade paradoxal. Nela há, ao mesmo tempo, uma rejeição de valores absolutos e uma necessidade por valores que possam dar sentido à vida.

Niilismo existencial
Segundo esses pensadores, a vida é baseada no nada, não possui nenhum sentido, significado ou propósito. Cabe ao sujeito aceitar essa condição e tornar-se responsável pela construção da sua existência.

O ponto positivo é aquele que explica que o poder é do ser humano, para escolher e assumir suas próprias responsabilidades e consequências. O niilista não dá resposta, nem alimentar qualquer tipo questionamento. Despreza, fragmenta e dissipa todos os critérios absolutos, valores e princípios de maneira radical.

O niilismo se configura numa negação da vida. O niilista é o indivíduo que encara a vida com indiferença. Crítica o que há a sua volta, afirmando que tudo é falso porque é tudo artificial. Desta forma, para Nietzsche, o niilismo é o sintoma do adoecimento do homem.

Niilismo Negativo:
Aqui, nega-se o mundo em nome de outros valores. Mas o niilista engana a si próprio, ele nunca diz negar o mundo, pelo contrário, ele se diz afirmando Deus, uma utopia, o que quer que seja.

O niilista nega Deus, o bem, a verdade, a beleza. Não há entidade superior. Nada é realmente verdadeiro, nada realmente bom.

Portanto, o niilismo, além de ser um fenômeno histórico e um modo de ser do homem, é também considerado por Nietzsche fundamentalmente um fenômeno estético. Ou seja, trata-se de mostrar como a superação do niilismo só é possível mediante um ato produtivo do homem, ou ainda através de uma ação artística.

Niilismo é uma doutrina filosófica que indica pessimismo e ceticismo extremos perante a realidade ou valores humanos. Num sentido amplo, o niilismo consiste numa atitude de negação ou descrença absoluta em relação a princípios, sejam eles religiosos, morais, políticos ou sociais.

Como filosofia, o niilismo rejeita o valor e o significado que a sociedade atribui às pessoas, aos objetos e à vida. A origem exata do termo é incerta, mas os estudiosos conseguiram localizá-lo no século XVIII. A partir daí, o niilismo se tornou um tema popular nos círculos filosóficos.

O niilismo de Nietzsche
Nietzsche identificou o niilismo como uma consequência da morte de Deus e da rejeição dos valores tradicionais. No entanto, ele viu o niilismo não apenas como um problema, mas também como uma oportunidade para a reavaliação e criação de novos valores.

A morte é um fato que nada encerra, além de uma escuridão absoluta. Ela reduz o homem ao nada absoluto, o último suspiro será o fim de tudo. A morte significa a aniquilação absoluta do princípio vital humano. Mais do que na vida, é na morte que o ser humano se revela.

Ao longo do tempo, diversos filósofos teorizaram sobre o niilismo, o existencialismo e o absurdo da vida, entre eles destacam-se Friedrich Nietzsche - considerado o pai do niilismo -, Albert Camus e Thomas Nagel.

‍Amor Fati é uma expressão do latim que pode ser traduzida para “amor ao destino” ou, trazendo para termos mais práticos, “aceitação entusiástica de tudo que possa vir a acontecer”. O Amor Fati é uma proposição para que aceitemos o que vier a acontecer conosco.