É normal amar tanto uma pessoa?

Perguntado por: rgalvao7 . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Amar intensamente uma pessoa jamais será um problema por si só. Em algumas situações, como o amor materno, esse sentimento pode levar a sacrifícios pessoais. O amor fraterno ou conjugal pode levar um indivíduo a doar um órgão para a pessoa amada. Tudo isso ocorre sem que saia da esfera da normalidade.

Essa devoção extrema, contudo, não é saudável. O excesso de amor é tão prejudicial quanto qualquer outro tipo de excesso – atividades físicas, sedentarismo, alimentos, dietas restritivas, socialização, solidão, entre outros.

O narcisismo é um dos problemas que afeta muitas pessoas, homens ou mulheres, e a maioria das vezes a pessoa egocêntrica não se apercebe que o é. Julga que ser melhor que os outros é algo perfeitamente natural.

O amor patológico, como é chamado pelos psiquiatras e psicólogos, causa sintomas de necessidade e abstinência, ansiedade e até depressão. "A pessoa costuma deixar suas atividades, cuidados com ela mesma, com o trabalho, e fica pensando somente no parceiro.

Tudo começa com a incredulidade, protesto e reforço do apego. “O cérebro aterroriza-se e reage como se estivesse frente a uma ameaça. O sistema imunitário enfraquece e sobem os níveis de stress”, o que pode gerar dor física, descreve Espinosa.

O responsável por esse efeito é a adrenalina.

Narcisismo é um conceito da psicanálise que define o indivíduo que admira exageradamente a sua própria imagem e nutre uma paixão excessiva por si mesmo. O termo é derivado de Narciso, que segundo a mitologia grega, era um belo jovem que despertou o amor da ninfa Eco.

Pessoas narcisistas são apaixonadas por si mesmas. Para os especialistas, muitos líderes possuem alguma característica ou traço narcisista.

Amor é a experiência de se sentir conectado ou ligado a outra pessoa. Essa conexão inclui proximidade emocional ou intimidade. A luxúria, por outro lado, não vem com esse tipo de apego: é um sentimento impulsionado, principalmente, pelo desejo físico e está enraizado no momento.

Quando existe amor, as pessoas conseguem coexistir dentro da dinâmica amorosa. Já no apego, não há respeito à particularidade. Muito pelo contrário: existe uma questão de posse em que eu não consigo viver sem o outro”, clarifica.

A diferença entre gostar e amar é que, quando você gosta de alguém, você apenas aprecia a presença daquela pessoa na sua vida. Já quando você ama alguém, você não consegue imaginar a sua vida sem a presença daquela pessoa.

Segundo os pesquisadores, o amor produziria sua própria substância intoxicante: a feniletilamina, algo que poderia explicar a dependência", diz a psiquiatra. De acordo com a especialista, o amor, em seus estágios iniciais, age no corpo de forma similar ao uso experimental da cocaína e outros estimulantes.

Os homens, quando apaixonados, modificam a regulação interna dos neurotransmissores e hormônios. Há uma redução da testosterona, responsável pela libido, e aumento da ocitocina. E é aí justamente que tudo muda.