Como pegar botulismo alimentar?

Perguntado por: ralves . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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Principais formas de transmissão. Botulismo alimentar - Ocorre por ingestão de toxinas presentes em alimentos contaminados e que foram produzidos ou conservados de maneira inadequada.

É causada pela toxina do bacilo (bactéria) Clostridium botulinum, que pode ser adquirida pela ingestão de alimentos contaminados ou, mais raramente, por contaminação de ferimentos (Botulismo por ferimentos) ou pela produção de toxina no intestino de crianças menores de um ano e adultos com doenças intestinais ( ...

O botulismo é uma doença bacteriana grave, não contagiosa, causada pela ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, encontrada no solo, nas fezes humanas ou de animais e nos alimentos. A doença pode levar à morte por paralisia da musculatura respiratória.

Há três formas de botulismo: botulismo alimentar, botulismo por ferimentos e botulismo intestinal. Embora o local de produção da toxina botulínica seja diferente em cada uma delas, todas as formas caracterizam-se pelas manifestações neurológicas e/ou gastrointestinais.

O botulismo transmitido pelos alimentos ocorre quando as pessoas comem alimentos contaminados com a toxina botulínica, produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Os alimentos podem estar contaminados se forem cozidos inadequadamente antes de serem guardados.

botulinum são altamente resistentes ao calor e podem sobreviver fervendo durante várias horas a 100° C. Porém, a exposição ao calor úmido a 120° C durante 30 minutos mata os esporos. Por outro lado, toxinas são destruídas imediatamente pelo calor; cozinhar os alimentos a 80° C por 30 minutos protege contra o botulismo.

A organização sem fins lucrativos Mayo Clinic aponta que os primeiros sinais mais evidentes de intoxicação incluem fraqueza muscular, pálpebras caídas, voz fraca, vertigem, secura na boca e visão turva.

Os alimentos mais comumente envolvidos são: conservas vegetais, principalmente as artesanais (palmito, picles, pequi); produtos cárneos cozidos, curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura – “carne de lata”); pescados defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta ...

A melhor prevenção está nos cuidados com o consumo, distribuição e comercialização de alimentos, além, é claro, da higiene na hora de limpar os alimentos e as mãos. Toda atenção é pouca, por isso adote algumas medidas para evitar a contaminação pela bactéria causadora do botulismo.

Produtos industrializados e conservas caseiras que não ofereçam segurança devem ser fervidos ou cozidos por pelo menos 15 minutos antes de serem consumidos. O aquecimento dos alimentos pode eliminar as toxinas do botulismo. Lave sempre as mãos. Não mantenha ou conserve alimentos a uma temperatura acima de 15ºC.

A nutricionista Alessandra Veggi, pesquisadora da Fiocruz e integrante do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição, ressalta que os sintomas mais comuns após a ingestão de um alimento contaminado são diarreia, vômitos, dores abdominais, mal-estar e febre. "Há casos que podem levar à morte", adverte.

Manifesta-se inicialmente por constipação e irritabilidade, seguidos de sinais neurológicos, caracterizados por dificuldade de controle dos movimentos da cabeça, sucção fraca, disfagia, choro fraco, hipoatividade e paralisias bilaterais descendentes, que podem progredir para comprometimento respiratório.

O diagnóstico laboratorial é baseado na análise de amostras clínicas e de amostras bromatológicas (casos de Botulismo alimentar). Os exames laboratoriais podem ser realizados por várias técnicas, sendo a mais comum a detecção da toxina botulínica por meio de bioensaio em camundongos.