A dor da apendicite pode ir e voltar?

Perguntado por: . Última atualização: 28 de junho de 2023
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“A dor de apendicite pode ir e voltar?” Essa é uma das dúvidas mais frequentes entre os pacientes, que podem confundir os sintomas desta condição com outros problemas gastrointestinais, como, por exemplo, a gastrite nervosa. Bom, a resposta para a pergunta acima é: varia de caso a caso.

As primeiras sensações de incômodo surgem ao redor do umbigo, mas é comum que a dor se concentre no lado inferior direito do abdome. Devido à gravidade do quadro, é preciso estar atento à dor, especialmente se ela começa fraca e difusa e vai se concentrando na parte inferior direita do abdome com o passar das horas.

A dor dura mais de algumas horas
Se a dor durar mais de cinco ou seis horas, vale a pena consultar um profissional de saúde para descartar apendicite. Em caso de enjoo, vômito ou febre, vá ao pronto-socorro. Em caso apenas de dor, ligar para um médico da família é um bom primeiro passo.

Os principais sintomas que podem indicar apendicite são:

  1. Mal-estar geral;
  2. Dor abdominal intensa no lado inferior direito;
  3. Febre baixa persistente (entre 37,5º e 38º);
  4. Náuseas ou vômitos;
  5. Prisão de ventre ou diarreia;
  6. Perda de apetite;
  7. Barriga inchada;
  8. Excesso de gases.

Confusão com outras doenças
A apendicite pode ter acúmulo de pus na barriga, o que provoca diarreia e faz parecer uma virose”, pontua Zanchenko. Quanto a dores provocadas pela condição, elas podem levar à confusão com sinais de pedra nos rins, de inflamação de cisto no ovário, de infecção na urina, entre outros.

Inicialmente, é de baixa intensidade como uma cólica e pode ser sentida na região da boca do estômago, na região do umbigo ou na parte baixa da coluna. Depois, essa dor se torna mais intensa e contínua, podendo ser acompanhada de náuseas e vômitos.

A evolução da apendicite pode ocorrer em 72 horas, quando o problema já alcançou um estágio avançado e a infecção se tornou mais grave, podendo levar o indivíduo a uma perfuração ou formação de bloqueio. Para evitar que isso aconteça, é importante estar atento a alguns sinais que podem indicar apendicite.

Como tratar a apendicite
Entretanto, é possível fazer um tratamento medicamentoso por meio de antibióticos, que tem uma taxa de efetividade de três em cada dez pacientes, sendo mais aconselhado fazer a antibioticoterapia e a intervenção cirúrgica.

As compressas mornas são extremamente eficazes e está entre as melhores dicas de como aliviar dor na barriga. Colocar uma bolsinha térmica ou uma toalha aquecida no abdômen irá promover o relaxamento da musculatura, aliviando a dor por contração muscular e as cólicas².

Exames de sangue
O exame de sangue de apendicite pode mostrar sinais de infecção no corpo, tais como: uma contagem alta de glóbulos brancos; desidratação ou desequilíbrios de líquidos e eletrólitos.

Podemos utilizar os exames de sangue (para identificar infecção) e urina; assim como método de imagem como a ultrassonografia e a tomografia computadorizada que auxiliam na confirmação diagnóstica. Neste caso, muitas vezes, o paciente é então encaminhando para a cirurgia.

Exames para identificar apendicite
Os principais exames para diagnosticar a apendicite são: Hemograma; Ultrassonografia abdominal; TAC de abdômen.

Geralmente, febre elevada não ocorre nos quadros de inflamação do apêndice, exceto nas situações mais graves, quando há perfuração do apêndice e extravasamento de material fecal dos intestinos para dentro da cavidade abdominal, o que gera intensa reação inflamatória e grave infecção.

Tossir e respirar profundamente torna a dor pior. Os ataques podem, ou não, começar com um resfriado, mas, geralmente, alguma ou muita febre está presente desde o início, juntamente com constipação, vômitos, perda de apetite e náuseas. Não espere.

Sinais e sintomas de apendicite
Se o apêndice estiver em contato com a bexiga, vai parecer uma infecção urinária e o paciente vai sentir ardência para urinar.

Constipação ou diarreia
Não é tão frequente a pessoa com apendicite apresentar diarreia, no entanto, não se deve excluir a possibilidade. Na realidade, o que a pessoa pode sentir é um aumento na frequência das evacuações, sem ser diarreia propriamente.