Quem tem um porque encontra um como?

Perguntado por: rgouveia . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Quem tem um "porquê" enfrenta qualquer "como". Friedrich Nietzsche Crepúsculo dos Ídolos, 1889.

Friedrich Nietzsche disse que “Quem tem porque viver, suporta quase qualquer como”. A importância dos propósitos em nossas vidas pode ser verificada em situações do nosso dia a dia ou mesmo em ocasiões onde imagina-se que o indivíduo não tenha mais motivos para continuar vivendo.

Há sempre um porquê em tudo que nos cerca, nas adversidades há ensinamentos que no quando no 'topo' não poderíamos enxergar com clareza, nos faz questionar nossas limitações. As adversidades nos convidam a experienciarmos quem somos, o que sentimos, dar atenção a estes sentimentos, nomeá-los e avaliá-los é importante.

Friedrich Nietzsche
Aquele que tem um porquê para viver pode enfrentar quase todos os comos.

Nessa nova visão de mundo, o homem passa a aceitar a destruição e a criação, a saúde e a doença, a morte e a vida. Portanto, a afirmação da vida em Nietzsche significa reinterpretar o mundo a partir da noção de impulso, viabilizando um novo modo de pensar e, por consequência, amar a vida em sua totalidade.

Nietzsche defendia a inexistência em vários sentidos: de Deus, da alma e do sentido da vida. Para ele, o ser humano deveria abandonar as muletas metafísicas, a chamada morte dos ídolos. O filósofo se opunha aos dogmas da sociedade, principalmente ao defender que a verdade era uma ilusão.

Viktor Frankl: “Quem tem um porquê enfrenta qualquer como”.

Quando usar porquê? Porquê (junto e com acento) é usado para indicar o motivo, a causa ou a razão de algo. Aparece quase sempre junto de um artigo definido (o, os) ou indefinido (um, uns), podendo também aparecer junto de um pronome ou numeral.

Tudo na vida tem um porquê, uma razão de ser. Cada um tem a opção de escolher o que a vida lhe dá ou o que a vida lhe impõe.

Tornar-se quem se é significa transvalorar os valores, escolher outros, novos, brilhantes.

As grandes influências de Nietzsche surgiram na época em que ele era estudante na Universidade de Leipzig. Lá ele descobriu a filosofia de Arthur Schopenhauer (1788-1860) e a música de Richard Wagner (1813-1883), de quem se tornou amigo mais tarde.

Para Friedrich Nietzsche a felicidade é frágil e volátil. E complementava, a melhor maneira de começar o dia é, ao acordar, imaginar se nesse dia não podemos dar alegria a pelo menos uma pessoa.

A sentença "Deus está morto" significa: o mundo supra-sensível está sem força de atuação. Ele não fomenta mais vida alguma. A metafísica, isso significa para Nietzsche a filosofia ocidental entendida como Platonismo, está no fim.