Quem tem Parkinson pode ter Alzheimer?

Perguntado por: mbarros . Última atualização: 25 de setembro de 2023
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Nem todos os pacientes com Parkinson podem desenvolver Alzheimer, e vice-versa, porém, alguns sintomas podem surgir. Por isso, é importante realizar a análise da autópsia de pacientes com essa condição para a descoberta de alterações na região do cérebro chamada substância negra (3).

A doença de Parkinson está muito mais relacionada a sintomas motores, enquanto Alzheimer traz alterações cognitivas”, explica o neurocirurgião em SP Dr. Erich Fonoff, professor livre-docente do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

A doença de Parkinson é conhecida pelas alterações motoras, como rigidez, tremor e instabilidade postural. No entanto, ela também apresenta alterações não-motoras, que podem surgir desde o início da doença, como: depressão, ansiedade, apatia, alucinação, alteração do sono, comprometimento cognitivo leve e demência.

No dia a dia, além de dificuldades de recordar eventos, aprender novas tarefas e de acessar a memória, também é comum perceber dificuldades em planejar e conduzir tarefas rotineiras, como cuidar sozinho das medicações e resolver problemas do dia a dia. Também são frequentes a ocorrência de delírios e alucinações.

Demência por doença de Parkinson pode afetar vários domínios cognitivos, incluindo atenção, memória e funções visuoespaciais, construtivas e executivas. A disfunção executiva normalmente ocorre mais cedo e é mais comum na demência por doença de Parkinson do que na doença de Alzheimer.

A doença de Parkinson surge da degeneração na parte do cérebro que auxilia a coordenação de movimentos. Frequentemente, o sintoma mais óbvio é um tremor que ocorre quando os músculos estão relaxados. Os músculos ficam rígidos, os movimentos se tornam lentos e descoordenados e perde-se facilmente o equilíbrio.

Embora o Parkinson seja principalmente um distúrbio do movimento, ele também pode perturbar partes do cérebro que controlam o pensamento e a memória. Entre 50% – 80% das pessoas com Parkinson desenvolvem demência, pois acumulam depósitos de proteínas anormais chamados corpos de Lewy no cérebro.

O que é: é uma doença neurológica que afeta os movimentos da pessoa. Causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita. A Doença de Parkinson ocorre por causa da degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra.

Os pacientes com doença de Parkinson têm um tempo de vida um pouco mais curto em comparação com indivíduos saudáveis que pertencem ao mesmo grupo etário. Em média, os pacientes com DP vivem entre 10 a 20 anos após o diagnóstico. Os pacientes devem, contudo, colocar esses números na perspectiva de sua idade atual.

A progressão do Parkinson é descrita em cinco estágios. O estágio 1 começa bem no início, quando os primeiros sinais começam a aparecer. O estágio 5 descreve o estágio final da doença, quando os sintomas são piores e a pessoa precisa de cuidados de enfermagem 24 horas por dia.

Fenitoína: Inibe o efeito antiparkinsoniano, Fenotiazínicos: Inibem o efeito antiparkinsoniano. Inibidores da monoaminooxidase: Reação hipertensiva (a carbidopa evita a interação). Papaverina: Inibe o efeito antiparkinsoniano.

Apesar de parecer um número relativamente baixo, é preciso ter atenção. O idoso com mal de Parkinson pode ter dificuldade para manter-se em pé e realizar atividades básicas, como se alimentar. Isso por conta do tremor, principal característica da doença.