Quem investiga os crimes de terrorismo no Brasil?

Perguntado por: eluz . Última atualização: 21 de agosto de 2023
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A pedido da PGR, STF abre três inquéritos e amplia investigação sobre atos terroristas de 8/1. Sete crimes serão investigados: terrorismo; associação criminosa; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; ameaça; perseguição; e incitação ao crime.

O art. 11 da Lei 13.260/16 dispõe, categoricamente, que os crimes nela previstos são praticados contra o interesse da União, cabendo à Polícia Federal a investigação criminal, em sede de inquérito policial, e à Justiça Federal o seu processamento e julgamento.

No artigo 3º, está previsto como crime as condutas de promover, constituir, integrar ou prestar auxílio à organização terrorista, seja diretamente ou por intermédio de outra pessoa. A pena prevista é de 5 a 8 anos de reclusão e multa.

São considerados atos de terrorismo o uso ou ameaça, bem como o porte e armazenamento de explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa, entre outros, descritos na norma.

As modificações previstas no PL 83/2023 alteram, além da Lei Antiterrorismo, outras duas normas: a Lei 7.960/1989, que regula a prisão temporária, e a Lei 12.850/2013, que define organização criminosa.

Polícia Civil

A Polícia Civil é responsável pela investigação de crimes e sua autoria, elaboração de Boletins de Ocorrência de qualquer natureza, expedição de cédula de identidade, de atestado de antecedentes criminais e de residência, bem como de registro de porte de arma de fogo e de alvarás de produtos controlados, entre outros.

Um perito criminal é um profissional cuja função é investigar e analisar vestígios e evidências encontrados em cenas de crimes para ajudar na resolução de um caso.

A legislação determina a pena de reclusão, de 12 a 30 anos, além das sanções correspondentes à ameaça ou à violência. Também há pena de reclusão de cinco a oito anos, além de multa, ao ato de promover, constituir, integrar ou prestar auxílio a uma organização terrorista.

Ela surgiu dos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos, dos ataques de Madrid em 23 de março de 2004 e do ataque de Londres em julho de 2005. A estrutura tem quatro pilares: prevenir, proteger, perseguir e responder (Monar 2007).

A lei exige três requisitos simultâneos para configuração do crime de terrorismo: que seja um ato contra a vida, integridade física ou de espaços públicos; por razões xenofóbicas ou de discriminação de raça, cor, etnia e religião e com objetivo de provocar terror social ou generalizado.

A pena de morte é proibida no Brasil, mas foi prevista durante a Ditadura Militar (1964-1985) para casos de crimes de guerra. É preciso lembrar que, segundo os militares, o Brasil estava travando uma luta interna contra o comunismo e por isso, aqueles que fossem acusados de traição estavam sujeitos à pena capital.