Quem escreveu o livro Macunaíma?

Perguntado por: evieira . Última atualização: 29 de junho de 2023
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Macunaíma é uma das obras mais importantes do modernismo brasileiro, ela representa o movimento e condensa muitas das ideias consideradas centrais pelos vanguardistas! Publicada em 1928, o livro foi escrito por Mário de Andrade, um dos principais artistas na organização da Semana de Arte Moderna de 1922.

“Macunaíma” é um romance modernista do escritor Mário de Andrade. Conta a história de Macunaíma, um índio que viaja até São Paulo para recuperar sua muiraquitã. Macunaíma, de Mário de Andrade, é um livro modernista, publicado, pela primeira vez, em 1928. Conta a história de Macunaíma, o herói sem nenhum caráter.

Podemos dizer que Macunaíma é um herói de nossa gente por apresentar semelhanças com o povo brasileiro, apresentando aspectos de nossa cultura, sendo eles primitivos ou civilizados.

Macunaíma vai até a rua Maranhão, na casa do gigante, para tentar recuperar a muiraquitã. Entretanto, acaba morto pelo gigante e picado para ser cozido em uma polenta. Seus irmãos conseguem recuperá-lo e revivem o herói.

Após o falecimento da mãe, Macunaíma decidiu ir embora para a cidade com seus irmãos Maanape e Jiguê. Eis que, no percurso, conhece a índia Ci (chamada de “Mãe do Mato”), por quem acaba se apaixonando e que vem a se tornar seu único amor.

Além de ter elementos que ainda hoje representam o Brasil, a obra revela um enorme acervo de palavras indígenas, especificamente do tupi guarani. Muitos mitos desse povo também estão presentes no livro, como a origem do nome Macunaíma, que significa o “grande mal”.

Macunaíma, o filme, é uma síntese do Brasil, é a representação de uma nação em busca do próprio caminho. E o caminho para isso é mostrado por meio de seus costumes, de seu folclore, de sua natureza e também de suas contradições.

Macunaíma é uma das obras mais importantes do modernismo brasileiro, ela representa o movimento e condensa muitas das ideias consideradas centrais pelos vanguardistas! Publicada em 1928, o livro foi escrito por Mário de Andrade, um dos principais artistas na organização da Semana de Arte Moderna de 1922.

Macunaíma é erotizado e, a todo custo, busca prazeres sexuais. Ainda na floresta, ele ganha um talismã indígena, a muiraquitã. Depois perde a pedra e então viaja para São Paulo e Rio de Janeiro a fim de tentar recuperá-la.

Lembram-se do que Macunaíma fez no final para se tornar o herói ideal, representante do povo brasileiro? Ele tomou um banho! Isso mesmo, um banho, ele se lavou. O ato que universalmente significa purificação e limpeza foi o que Macunaíma fez para tornar-se branco no capítulo V do livro.

Antes de morrer dá a Macunaíma um amuleto, a muiraquitã (pedra verde em forma de sáurio), que ele perde e que vai parar nas mãos do mascate peruano Venceslau Pietro Pietra, o gigante Piaimã, comedor de gente.

O novo filme de Miguel Antunes Filho, “Filhos de Macunaíma”, é uma provocação política que se permite existir pela configuração daqueles corpos antes a reestruturação do governo. Seu título surge em meio a oposição estatal à cultura e o nacionalismo tóxico crescente.

Ci, a Mãe do Mato
Companheira de Macunaíma por muito tempo. Mãe do seu filho, que morre envenenado.

Diz-se do herói que é "filho do medo da noite" e só. O medo nos leva a supor incursões de negros anônimos, vítimas de violência e violentadores, propagando no interior a sucessão da violência. Macunaíma é um desprezível filho da mãe como milhares de outros disseminados a esmo pelos conquistadores.

Retrato do povo brasileiro
Há inúmeras referências ao folclore brasileiro. A narrativa se aproxima da oralidade – no capítulo “Cartas pras Icamiabas”, Macunaíma ironiza o povo de São Paulo, que fala em uma língua e escreve em outra. Além disso, não existe verossimilhança realista.