Quem eram os perseguidos pela Santa Inquisição na Idade Média?

Perguntado por: agonzaga2 . Última atualização: 29 de junho de 2023
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Desta maneira, as principais vítimas da perseguição protestante foram os católicos que se recusaram a se converter ao protestantismo. Também foram condenadas pessoas acusadas de adultério, bruxaria e seitas como a dos anabatistas.

Em seu auge, nos séculos 16 e 17, estima-se que a Inquisição matou até 100 mil pessoas, entre mulheres, homens e crianças. As mulheres eram o principal alvo quando a perseguição era a possíveis adeptos à bruxaria. Os motivos são diversos e contestáveis.

Os inquisidores portugueses fizeram 40 mil vítimas, das quais 2 mil foram mortas na fogueira. Na Espanha, até a extinção do Santo Ofício, em 1834, estima-se que quase 300 mil pessoas tenham sido condenadas e 30 mil executadas.

O Pêndulo foi o mais utilizado, a fim de deslocar os ombros e ferir coluna e membros inferiores. O Cavalete fazia a pessoa sufocar ou entrar em desespero psicológico. A Pera foi muito utilizada em adúlteros, acusados de incesto, homossexuais e relações sexuais satânicas, para ferir região oral e genital.

As pessoas que contrariavam os dogmas do catolicismo eram chamadas de hereges e dividiam-se em outros grupos dentro da doutrina de heresia. Dentro desta própria doutrina existia um grupo secreto que acreditava que o Papa era um herege. A este grupo deu-se o nome de cátaros.

As Heresias e a Inquisição
Em vários momentos da Idade Média, grupos de fiéis contestavam os dogmas, sendo taxados de hereges pelo clero. Entre as diferentes heresias estavam a dos valdenses e a dos albigenses, ambas surgidas no século XII.

A inquisição no Brasil ocorreu por volta da segunda metade do século XVIII, nesse período cerca de 500 pessoas foram acusadas de disseminar o judaísmo. A inquisição atuou no Brasil perseguindo aqueles que eram considerados hereges.

Em suma, a Inquisição é um mecanismo da Igreja que servia para averiguar desvios no ensino de sua doutrina e para conservá-la coesa. O processo inquisitorial não é somente um julgamento em tribunal, mas envolve diversas fases que evidenciam as principais características do tribunal.

Tomás de Torquemada

Tomás de Torquemada (Torquemada ou Valladolid, 14 de outubro de 1420 — Ávila, 16 de setembro de 1498), alcunhado o Grande Inquisidor, foi o Inquisidor-Geral espanhol, descendente de conversos dos reinos de Castela e Aragão no século XV e confessor da rainha Isabel, a Católica.

Inquisição é um conjunto de instituições criadas para suprimir as heresias que apareceram e qualquer tipo de sincretismo religioso. A Inquisição medieval ocorreu nos séculos 13 e 14 e a Moderna durou do século 15 ao 19, instalando tribunais sempre que surgiam casos de heresia e eles não eram permanentes.

A Inquisição, também chamada de Santo Ofício, foi um tribunal formado pela Igreja Católica para condenar e punir as pessoas que tinham desvios nas normas de conduta, os hereges.

O Cisma foi o resultado de um constante distanciamento entre as práticas cristãs efetuadas pelas duas vertentes do catolicismo, além de representar uma disputa pelo poder político e econômico na região mediterrânica.

A inquisição na Idade Média foi criada como um tribunal para julgar os crimes de heresia, recorrentes no século XIII. A instituição denominada de Inqusitio haereticae pravitatis, mais conhecida como Inquisição, foi criada pelo Papa Gregório IX, em 1233, por meio da bula Licet ad capiendos.

Durante o século XV, por exemplo, o rei e a rainha da Espanha se aproveitaram dessa força para perseguirem os nobres e principalmente os judeus. No primeiro caso, reduziram o poder da nobreza, já no segundo, torturaram e mataram os judeus, tomando-lhes seus bens.

A repressão se deu pelos mais variados métodos, indo desde a simples excomunhão, a flagelação, o banimento ou até a morte dos infiéis. Com a instauração do tribunal inquisidor na Idade Média, a Igreja criou mecanismos específicos para que se efetuassem os castigos dos desvios da Fé.