Quantos não binários existem no Brasil?

Perguntado por: lcrespo . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Cerca de 2% da população adulta brasileira são pessoas transgênero e não binárias – ou seja, se identificam com um gênero diferente daquele que lhes foi atribuído ao nascer ou não se percebem como pertencentes exclusivamente ao gênero feminino ou masculino.

Um levantamento feito pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), publicado na Nature Scientific Reports em 2021, revelou que cerca de 2% da população adulta brasileira são pessoas transgênero e não binárias.

Em números absolutos, essa população é de 3 milhões de indivíduos.

Há possibilidades como: gênero queer, gênero fluido, agênero, gênero neutro, bigênero, pangênero, multigênero, intergênero, entre outros. Isso quer dizer que há quem se identifique como homem e mulher ou nenhum dos dois.

Conforme o passar dos anos e com a evolução dos estudos sobre gênero, especialmente nos anos 80, em países norte-americanos, voltou a ser abordada uma vertente que não incluía apenas o masculino e o feminino, e a partir desses estudos criou-se o termo “não-binário” (ou “não-binárie”).

A bandeira do orgulho não-binário, por sua vez, é mais recente: a versão mais utilizada foi criada somente em 2014 por Kye Rowan, ativista da causa não-binária. É composta por quatro faixas horizontais, de cima para baixo: amarelo, branco, roxo e preto.

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Existem diversas identidades de gênero diferentes, incluindo masculino, feminino, transgênero, gênero neutro, não-binário, agênero, pangênero, genderqueer, two-spirit, terceiro gênero e todos, nenhum ou uma combinação destes.

Segundo a Comissão de Direitos Humanos de Nova York, existem 31 identidades de gênero, entre elas estão: Agênero, andrógino, gênero de fronteira, gênero fluido, gênero neutro, gender-queer, gênero em dúvida, gênero variante, hijra, gênero não conformista, butch, bigênero, não-binário, male to female (MTF), female to ...

Todos os órgãos sexuais vêm da mesma crista genital, com os testículos nos homens sendo equivalentes aos lábios e ovários nas mulheres e o pênis sendo equivalente ao clitóris. É por isso que o pênis e a vagina não existem como binários, mas sim como um espectro que inclui o seguinte: Pênis de tamanho normal.

Nesse contexto, ser não-binário é não se sentir pertencente ou recusar viver um dos dois gêneros. “É não caber em nenhum gênero, não ser homem ou mulher. “Você pode transitar entre esses dois pontos ou abandonar ambos de várias maneiras, como ser agênero”, explica Dandá.

Fale de maneira clara e direta.
Diga algo como “Ei, Jéssica, eu queria dizer que eu sou não binário. Ou seja, eu não me identifico com o gênero masculino nem o feminino”. Talvez seja bom dizer algo como “Eu compartilhei isso porque confio em você, mas seria legal se não falasse sobre isso com outras pessoas.