Quantos casos de microcefalia?

Perguntado por: emendes . Última atualização: 26 de setembro de 2023
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De acordo com o novo Boletim Epidemiológico foram registrados 2.401 casos da doença e 29 óbitos, até 12 de dezembro deste ano. Esses casos estão distribuídos em 549 municípios de 20 Unidades da Federação.

O relacionamento entre as bases de dados do Resp- Microcefalia e SIM permitiu a identificação de 239 óbitos confirmados com SCZ entre 2015 e a SE 31/2022 (Tabela 3), sendo a maioria do sexo feminino (122; 51,0%), com peso adequado ao nascer (95; 39,7%) e gestação a termo (163; 68,2%).

A microcefalia não é uma condição comum. Os sistemas públicos de vigilância de malformações congênitas estimam que a ocorrência de microcefalia varie de 2 a 12 em cada 10.000 nascidos vivos nos Estados Unidos.

Entre 2015 e 2017, período considerado como de Emergência em Saúde Pública no Brasil, o surto de casos de microcefalia ocorreu em função da epidemia de infecções pelo vírus Zika, na qual muitas gestantes foram infectadas.

Em outubro de 2015, foi observado no Brasil um aumento inesperado do número de casos de nascidos vivos com microcefalia, inicialmente em Pernambuco e posteriormente em outros estados da região Nordeste.

Alguns casos são tão leves que quase não causam complicações. Outros são tão severos que o tempo de vida varia de alguns meses até 10 anos, dependendo do acesso a cuidados médicos, entre outros fatores.

A prevenção primária da microcefalia envolve o combate e prevenção aos fatores de risco para a ocorrência desta anomalia congênita, tais como: controle de doenças e condições maternas, como diabetes e hipertensão; controle da população de mosquitos Aedes aegypti e proteção individual contra picadas, como o uso de ...

A microcefalia pode ocorrer em qualquer momento na gestação, dependendo do tipo de agente etiológico envolvido em sua ocorrência, ela pode ocorrer já no início da gestação ou mais tardiamente.

Essa malformação congênita tem relação com diferentes causas e origens, como substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), bactérias e vírus, além de radiação. No surto de casos de 2015/2016, daquelas causas infecciosas já conhecidas, como rubéola e toxoplasmose, todas foram descartadas.

Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez. O achado reforça o chamado para uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação doença. A microcefalia pode levar a óbito ou deixar sequelas?

Compartilhar: A medida mais confiável para avaliar se um bebê tem microcefalia é medir a circunferência da cabeça no momento do nascimento e, novamente, 24 horas após o nascimento.