Quanto tempo pode durar uma crise de esquizofrenia?

Perguntado por: ubelchior . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Sem tratamento, o surto pode durar semanas e até vários meses. Após saírem do surto, os pacientes podem apresentar sintomas residuais, que normalmente são os sintomas negativos: isolamento social, menor interação afetiva, retraimento e falta de vontade para atividades diversas.

O surto psicótico costuma apresentar melhora algumas semanas após o início dos sintomas, principalmente quando esse quadro não vem associado a uma alteração mental crônica. Nesses casos, os surtos costumam ser recorrentes e demandam o uso de medicamentos antipsicóticos para a estabilização.

O cérebro da pessoa com esquizofrenia tem um desequilíbrio de neurotransmissores que provoca sintomas como alucinações, delírios, ideia de perseguição, pensamento desorganizado, dificuldade de falar, perdas cognitivas, perda na capacidade de demonstrar emoção, entre outros.

O melhor é ligar para o SAMU. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros só devem ser chamados em último caso, pois os profissionais treinados para situações como esta são os paramédicos do SAMU.

A esquizofrenia denominada hebefrênica é a mais grave de todas e acomete mais indivíduos jovens, entre 15 e 25 anos de idade. O transtorno é marcado por sintomas como perturbação dos afetos, comportamento irresponsável e imprevisível, pensamento desorganizado e discurso incoerente.

O uso de drogas Entorpecentes e intoxicantes , incluindo o uso de maconha, também pode desencadear ou piorar os sintomas. Em geral, os sintomas da esquizofrenia pertencem a quatro categorias principais: Sintomas positivos.

O que é comum entre os surtos é o fato de serem “a gota d'água”, de acordo com o psicólogo Eduardo Xavier do Hospital Psiquiátrico São Pedro. A crise se origina em pessoas que já possuem uma certa fragilidade psicológica, ou seja, é algo que vai crescendo.

Esquizofrenia é uma doença multifatorial, ou seja que possui diversas causas. Elas podem ser genéticas, ambientais, alterações neuroquímicas ou consumo abusivo de drogas, entre outros. É importante conhecer quais os fatores de risco que estão associados a ela, para que assim, possa ser diagnosticada de modo precoce.

“Os surtos mais comuns dos pacientes com esquizofrenia são caracterizados por agitação psicomotora, comportamento desorganizado e alterações de sensopercepção, como alucinações e delírios”, afirma a psiquiatra Cristiane Lopes.

O transtorno psiquiátrico traz prejuízos nas funções cognitivas, na percepção, no afeto, no comportamento e nas atividades sociais. O professor Ary Gadelha, coordenador do Programa de Esquizofrenia da Universidade Federal de São Paulo, reforçou que a doença afeta as regiões associativas do conhecimento no cérebro.

O tratamento farmacológico mais comum para o controle dos episódios psicóticos consiste na administração de medicamentos antipsicóticos — e devem ser utilizados apenas com orientação e acompanhamento psiquiátrico. Além disso, a psicoterapia também é indicada quando os sintomas estão em fase de remissão.

O diagnóstico da esquizofrenia deve ser feitos por profissionais de Saúde Mental como o psiquiatra. A psicoterapia e o uso de medicamentos ​antipsicóticos geralmente são os tratamentos indicados. Em alguns casos também são recomendados os chamados tratamentos psicossociais como a terapia ocupacional.

Sem tratamento, esquizofrenia piora a cada crise
“É caracterizada, principalmente, pelo que chamamos de sintomas psicóticos, como alucinações visuais e auditivas, sensação de ser constantemente perseguido ou ameaçado por outras pessoas”, explica a profissional.

A esquizofrenia é uma doença mental, em que o sujeito pode confundir realidade com imaginário. Os olhos da mente de um esquizofrênico podem estar repletos de ilusões, pensamentos mágicos, superstições, mas também ansiedade, irritabilidade e um mal estar permanente, chamado disforia.