Quanto tempo leva para reanimar uma pessoa afogada?

Perguntado por: ecardoso . Última atualização: 26 de setembro de 2023
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Diferente da RCP tradicional, as tentativas de RCP no afogado devem continuar por, no mínimo, uma hora após o início, devendo ser iniciada mesmo que a vítima tenha ficado até uma hora na água sem respirar.

O processo de afogamento até uma parada cardíaca geralmente ocorre de segundos a alguns minutos.

A sobrevivência pode ser possível em submersão em água fria com > 1 hora de duração, especialmente entre crianças; portanto, mesmo pacientes em submersão prolongada são vigorosamente reanimados.

Aperte o nariz da vítima. Respire normalmente, cubra a boca da vítima com a sua para criar um selo hermético e, em seguida, faça duas respirações de um segundo enquanto observa o peito subir. Faça 2 respirações seguidas de 30 compressões torácicas.

O elemento macroscópico mais indicativo de morte por afogamento é a presença de espuma nas vias aéreas, descrito como "cogumelo de espuma" quando se exterioriza pelas narinas e/ou boca.

O afogamento seco ocorre quando o organismo e o cérebro “sentem” que engolimos água. Então, produz um espasmo na laringe para que se feche como forma de proteção. Não entra água, porém, também não entra ar, o que faz com que fiquemos sem oxigênio.

A maior parte das vítimas de incêndio morrem sufocadas pelo monóxido de carbono, mas quem morre queimado sente uma dor extrema por um longo período de tempo, pois se mantém consciente durante vários minutos. O corpo sente a primeira camada da pele derretendo e pode até sentir o cheiro da carne queimada.

Em condições normais de afogamento, o comum é o morto boiar em no máximo 72 horas. De acordo com o consultor em Medicina Forense, Francisco Simão, quando a pessoa morre devido ao afogamento, no interior do mar o processo de decomposição orgânica faz o organismo produzir gases (principalmente o metano).

Mas o volume de líquido também é importante, e costuma ser maior quando a vítima está no mar. “A água salgada tem muito sódio, que entra nos alvéolos pulmonares e atrai uma grande quantidade do líquido que fica entre as células [material intersticial]”, diz o especialista.

Classificação do Afogamento:
Grau 3: a vítima apresenta muita espuma na boca e/ou nariz e tem pulso radial; Grau 4: a vítima apresenta muita espuma na boca e/ou nariz sem pulso radial; Grau 5: se encontra em parada respiratória; Grau 6: se encontra em parada cardiorrespiratória.

Grau 1 – Paciente que apresenta apenas tosse, sem espuma em boca ou nariz. Grau 2 – Paciente que apresenta tosse, além de espuma em pouca quantidade saindo da boca ou nariz, indicando que já existe uma congestão pulmonar mínima. Grau 3 – Paciente que apresenta muita espuma em região de boca ou nariz.

O primário é aquele em que não existem indícios que justifiquem o afogamento. Já o afogamento secundário é aquele que apresenta uma causa que impediu a vítima de se manter na superfície da água, como uso de substâncias como álcool e problemas cardíacos.

Precisa fazer a desobstrução das vias aéreas. Para isso, deve-se estender o braço, deitar a criança em cima do braço com a cabeça para baixo (de bruços) e fazer uma pressão na região dorsal (costas) em direção a cabecinha ou leves palmadinhas até a criança começar a chorar, voltar a respirar e ficar rosada novamente.