Quando começa a homofobia?

Perguntado por: rantunes3 . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Quase 20% dos estudantes de escola pública entre 15 e 29 anos não gostariam de ter um colega de classe travesti, homossexual, transexual ou transgênero – sendo que, no caso dos meninos, este percentual sobe para 31%.

Muitos comportamentos homofóbicos surgem justamente do medo da equivalência de direitos entre homo e heterossexuais, uma vez que isso significa, de certa maneira, o desaparecimento da hierarquia sexual estabelecida, como discutimos.

O termo homofobia teve sua primeira menção quando usada pelo psicólogo americano George Weinberg em sua obra “Sociedade e a Saúde Homossexual” de 1972[1], tal ideologia de aversão e repúdio aos homossexuais foi crescendo junto com o fanatismo religioso, a ponto de serem feitos diversas pesquisas no campo cientifico ...

Acredita-se que um índio homossexual da tribo dos Tupinambá foi a primeira vítima de homofobia no Brasil. O caso ocorreu em 1612 com a chegada de uma embarcação francesa no Maranhão liderado pelo frade capuchinho Yves d'Évreux.

HOMOFOBIA NO BRASIL
Pesquisa PoderData, realizada de 19 a 21 de junho de 2022, mostra que 63% dos brasileiros acham que existe preconceito contra homossexuais no Brasil, 2 pontos percentuais a menos que o registrado em janeiro. A variação para baixo foi no limite da margem de erro.

As causas para a homofobia espalham-se entre múltiplos fatores que podem levar a este extremo, entre os quais estão o preconceito, a ignorância, o medo, o ódio, a desconfiança ou o desconforto. Apesar disto, o impacto da homofobia na saúde mental é subestimado e não é detetado no contexto clínico.

Na escola a homofobia se expressa por meio de agressões verbais e/ ou físicas a que estão sujeitos estudantes que resistem a se adequar à heteronormatividade, conceito criado pelo pesquisador americano Michael Warner (1993) para descrever a norma que toma a sexualidade heterossexual como norma universal e os discursos ...

Em 2019, o país passou da 55º posição para a 68º na lista de 197 países, de acordo com levantamento feito pelo site Spartacus. Na comparação entre os últimos 10 anos, a situação é ainda pior, houve uma queda de 49 lugares.

Dossiê contabiliza 273 mortes violentas de pessoas LGBTI+ em 2022 | Agência Brasil.

273 pessoas

No Brasil, uma pessoa LGBTI+ foi morta violentamente a cada 32 horas em 2022. Ao todo, foram assassinadas 273 pessoas entre janeiro e dezembro do ano passado, de acordo com o Dossiê de Mortes e Violências Contra LGBTI+ no Brasil.

Para o professor Daniel Borrillo, a invenção da palavra se deu em 1971 quando J.K. Smith, lançou um artigo analisando traços da personalidade homofóbica. No ano seguinte, G. Weinberg a definiu como “o receio de estar com homossexual em um espaço fechado e, relativamente aos próprios homossexuais, o ódio por si mesmo”.

Palavra formada a partir do grego: “homo”, igual, semelhante; “phobia”, medo, aversão, falta de tolerância, angústia. A homofobia tem provocado muitas vítimas fatais e outras tantas perseguições, de toda ordem, fruto de intolerância descabida e irracional. Neologismo já registrado nos dicionários de publicação recente.

Homofobia é aqui definida como rejeição, aversão, medo ou ódio irracional aos homossexuais e, por extensão, a todos os que manifestem orientação sexual ou identidade de gênero diferente dos padrões heterossexuais ainda aceitos como normativos na nossa sociedade.

Quem cometer racismo, homofobia, sexismo e xenofobia estará sujeito a uma multa que varia de R$ 500 a R$ 2 milhões a depender da gravidade do crime. O texto seguirá para a sanção presidencial.