Qual o índice de feminicídio no Brasil 2023?

Perguntado por: ijesus . Última atualização: 17 de julho de 2023
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Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no primeiro semestre do ano passado, em média, quatro mulheres foram vítimas de feminicídio, por dia, no Brasil. No Distrito Federal, já foram 8 assassinatos em 2023, quase metade do registrado no DF durante todo o ano passado.

Ao todo, entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2023, 862 feminicídios foram registrados pela imprensa no Brasil. Destes, 599 foram consumados e 263 tentados.

Brasil registra um feminicídio a cada seis horas - 08/03/2023 - UOL Notícias.

Em número absolutos, a maior quantidade de feminicídios cometidos no ano passado ocorreu em São Paulo, com 195 vítimas, seguido por Minas (171) e Rio de Janeiro (111). No fim da lista estão Roraima, com três casos, Amapá, com oito, e Acre, com 11.

De janeiro até 24 de junho de 2023, 17 mulheres foram vítimas de feminicídio no Distrito Federal. Em 2022, ao longo de 12 meses, também foram 17 vítimas. Durante todo o ano de 2022, 17 mulheres foram vítimas de feminicídio no Distrito Federal.

Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil 4ª Edição (DataFolha/FBSP, 2023) 35 mulheres foram agredidas física ou verbalmente por minuto no Brasil em 2022. 28,9% (18,6 milhões) das mulheres relataram ter sido vítima de algum tipo de violência ou agressão, o […]

Em número absolutos, a maior quantidade de feminicídios cometidos no ano passado ocorreu em São Paulo, com 195 vítimas, seguido por Minas (171) e Rio (111). No fim da lista estão Roraima, com três casos, Amapá, com 8, e Acre, com 11.

A Lei nº 13.104/2015 torna o feminicídio um homicídio qualificado e o coloca na lista de crimes hediondos, com penas mais altas, de 12 a 30 anos. É considerado feminicídio quando o assassinato envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima.

Para se enquadrar o assassinato de uma mulher como crime de feminicídio, é necessário que o autor tenha cometido o ato em razão de violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Dessa forma, nem todos os assassinatos de mulheres são considerados feminicídios.

A valorização da memória das vítimas e a reparação a quem foi afetado também devem ser levadas em conta no enfrentamento da violência. Também é preciso investir em apoio psicológico e social e em programas de geração de renda para que a vítima tenha direito a recomeçar sua vida.

Segundo a pesquisa, um caso de feminicídio foi registrado a cada dia. Eis a íntegra (60 KB). São Paulo foi o Estado com mais registros, 109 no total. Em seguida aparecem Rio de Janeiro (103 registros) e Bahia (91 registros).

“Entre as principais razões para o aumento dos feminicídios no estado, a ausência de orçamento público é o que mais salta aos olhos, marcadamente nos últimos três anos. Em 2019, o governo estadual executou pouco mais de R$ 32 mil em políticas para as mulheres”, revela nesta entrevista.

Nesse recorte, Ananindeua foi o município com mais de 100 mil habitantes com a maior taxa de morte de mulheres por agressões em 2015, último ano do levantamento.

Pará está entre os estados com a menor taxa de feminicídios, segundo dados do Fórum de Segurança Pública.

Feminicídio é o assassinato de uma mulher pelo simples fato de ser mulher. Os motivos mais comuns são o ódio, o desprezo ou o sentimento de perda do controle e da propriedade sobre as mulheres, comuns em sociedades marcadas pela associação de papéis discriminatórios ao feminino, como é o caso brasileiro.